Centro-Oeste
Grupo condenado por tráfico de drogas usando pizzaria como fachada
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) sentenciou oito indivíduos envolvidos em uma operação de tráfico de entorpecentes. Detidos durante a Operação Los Hermanos, os suspeitos utilizavam estabelecimentos comerciais falsos, como pizzarias e agropecuárias, para vender drogas e lavar dinheiro proveniente da atividade ilícita.
As penas impostas variam entre 3 e quase 8 anos de prisão. Destacam-se Poncito de Oliveira Brum e Davy Martins Bonfim, que, segundo as investigações, eram os responsáveis por coordenar as comunicações entre os membros da organização criminosa.
Ambos receberam condenação de 3 anos e 10 meses de reclusão, além de 760 dias-multa, conforme divulgado pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).
Contexto da Operação
A Operação Los Hermanos foi realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal em 5 de dezembro de 2024, desmantelando uma rede que comercializava maconha, cocaína, cetamina e ecstasy no DF e regiões próximas.
Foram cumpridos oito mandados de busca em áreas como Guará, Asa Sul, Riacho Fundo, Estrutural e Valparaíso (GO). A ação contou com o suporte do Programa Vigifronteiras, que monitora a venda ilegal de cetamina.
A denúncia foi lançada em abril de 2024, após investigação iniciada em junho, motivada pela prisão em flagrante de Poncito. Durante cinco meses de apuração, ficou claro que parte das drogas era distribuída em festas na região central de Brasília.
Funcionamento do Grupo
De acordo com as investigações, o grupo operava em dois núcleos conectados por Poncito. O primeiro núcleo, liderado pelos irmãos Davy e Danilo Bonfim Martins, focava no comércio de maconha e cocaína, usando uma pizzaria no Guará como fachada para movimentar recursos do tráfico. Danilo foi condenado a 3 anos de prisão e 700 dias-multa.
O segundo núcleo era composto por José Genilson de Sousa da Silva, Wanderson Silva de Sousa, Danillo da Silva Santos, Jussara Joullié de Aguiar e Fernando Santiago Cavalcante, responsáveis pela venda de cetamina — droga anestésica de uso controlado com efeitos alucinógenos se usada recreativamente — e ecstasy. Todos receberam sentença de 3 anos, exceto José Genilson.
José Genilson, que também estava envolvido na lavagem de dinheiro por meio de agropecuárias em Valparaíso (GO), teve a pena mais severa: 7 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão, além de 800 dias-multa. As agropecuárias eram geridas por ele e seu irmão, Antônio de Souza, que ainda não foi localizado; o processo referente a ele está suspenso aguardando citação.
Todos os condenados têm direito a recorrer em liberdade. Um dos acusados, Leonardo Vieira da Silva, foi absolvido por falta de provas.
A defesa dos sentenciados não foi localizada até o momento. O espaço para manifestações permanece aberto.


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