México reduz jornada e aumenta salário mínimo

Claudia Sheinbaum, presidente do México, anunciou nesta quarta-feira (3) um aumento de 13% no salário mínimo para 2026 e a diminuição gradual da jornada de trabalho de 48 para 40 horas semanais até 2030.

Sheinbaum afirmou que a elevação do salário não afetará a inflação, que está controlada dentro da meta do banco central mexicano de 3% com variação de um ponto percentual para mais ou para menos.

O secretário do Trabalho, Marath Bolaños, assegurou que a diminuição da jornada beneficiará a segunda maior economia da América Latina, que registrou uma queda de 0,3% em termos anuais no terceiro trimestre, em meio a ameaças tarifárias do presidente americano, Donald Trump.

O salário mínimo será reajustado em 13%, atingindo 315,04 pesos diários (91,34 reais) e 9.582,47 pesos mensais (2.785 reais). Na região da fronteira norte, o aumento será menor, porém o valor mínimo fixado será de 440,87 pesos diários (127 reais).

A jornada será reduzida em duas horas por ano a partir de 2027, após a aprovação das reformas legais pelo Congresso, que possui maioria governista, prevista para 2026.

Os acordos foram firmados em consenso entre representantes dos trabalhadores e dos empregadores, destacou Sheinbaum.

Essas alterações nas legislações trabalhistas somam-se a outras recentes, como o aumento do período mínimo legal de férias remuneradas de seis para doze dias e a garantia de direitos e benefícios para trabalhadores de plataformas digitais.

O México está entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com maior número de horas trabalhadas por funcionário ao ano, com um total de 2.207 horas, segundo dados recentes de 2023.