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Violência contra mulheres é preocupação urgente do STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, expressou nesta quarta-feira (3) a séria preocupação do Poder Judiciário com os alarmantes casos de agressões contra mulheres no Brasil.
O pronunciamento do ministro ocorreu em meio a diversos registros recentes de violência em cidades brasileiras, destacando o feminicídio da professora Catarina Karsten, em Florianópolis.
Catarina Karsten, de 31 anos, era professora e pesquisadora na capital catarinense e foi brutalmente assassinada na última sexta-feira (21), após sofrer abuso sexual enquanto fazia uma trilha na Praia do Matadeiro.
Durante a sessão de abertura do tribunal, Fachin enfatizou o compromisso contínuo do Judiciário em proteger as mulheres, responsabilizando criminosos e oferecendo suporte às vítimas.
“Os números preocupantes anuais relacionados à violência de gênero deixam claro que muitas mulheres e meninas vivem com medo — medo de sair de casa e não retornar, medo de serem atacadas no trabalho ou até mesmo em seus próprios lares, onde acontecem muitas agressões”, declarou.
Casos recentes em outras regiões também chamaram atenção. Em São Paulo, uma jovem de 31 anos teve ambas as pernas gravemente mutiladas após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro sob um veículo. O suspeito, que havia tido um relacionamento com a vítima, foi detido e as autoridades investigam o crime como feminicídio. Ainda na cidade, um homem disparou contra sua ex-companheira no local de trabalho dela.
No Recife, um homem de 39 anos foi preso por incendiar a residência onde viviam sua esposa grávida e seus quatro filhos, resultando na morte de Isabele Gomes, de 40 anos, e das crianças, com idades entre 1 e 7 anos.
O ministro reforçou que proteger a dignidade das mulheres é um princípio constitucional fundamental.
“Fazemos um apelo urgente por uma transformação cultural profunda: que o Brasil reconheça, sem dúvidas, a seriedade da violência baseada no gênero; que o silêncio, o preconceito e as atitudes machistas sejam deixados de lado em favor da denúncia, do apoio às vítimas e da busca por justiça”, complementou Fachin.
Segundo dados do Ministério das Mulheres, no último ano, ocorreram 1.450 casos de feminicídio e 2.485 registros de homicídios dolosos e lesões corporais fatais envolvendo mulheres.


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