Candidatos pedem cancelamento da prova de residência médica da Unifesp por problemas

Candidatos que participaram do exame teórico para residência médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizado recentemente, relataram diversas irregularidades durante a aplicação da prova. Segundo relatos em redes sociais, alguns envelopes contendo as provas estavam sem lacres de segurança.

Outros problemas apontados incluem desorganização entre os fiscais, dificuldades de acesso ao local do exame, ausência de sacos plásticos para guardar os celulares durante a prova, diferenças no tempo destinado para a prova entre os candidatos e um apagão que afetou o prédio onde o exame estava sendo aplicado. A prova ocorreu na Universidade São Judas, situada no bairro da Mooca, em São Paulo.

Com uma taxa de inscrição de R$ 660, o edital da Unifesp oferece mais de 600 vagas para residência médica. O cronograma prevê a divulgação dos resultados da primeira fase a partir de 12 de dezembro, seguida pela realização da prova prática em janeiro de 2026, com o resultado final programado para fevereiro.

Mais de 200 participantes uniram-se em um grupo para entrar com uma ação judicial coletiva, mostrando o descontentamento com a organização do processo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil foi acionada e as investigações estão a cargo do 8º Distrito Policial do Brás.

Em nota, a Unifesp informou que foi comunicada sobre dois envelopes de prova aplicados em 31 de novembro que estavam sem lacre. Entretanto, a universidade afirmou que não foram encontradas evidências de violação nem de falta de material nos cadernos de prova.

A instituição destacou que o lacre é apenas uma das várias medidas de segurança adotadas, garantindo a integridade das provas por meio do controle do transporte, verificação e certificação da inviolabilidade das caixas, além da confirmação de que nenhum conteúdo estava faltando nos envelopes.