Centro-Oeste
Mulher sai de clínica psiquiátrica com perna fraturada
Uma mulher de 62 anos estava internada na clínica de reabilitação Crescer Humanizada, localizada no Riacho Fundo 2, para tratar um episódio de bipolaridade, quando sofreu uma queda dentro da unidade durante a madrugada do dia 7 de setembro. No entanto, no dia seguinte, ela recebeu alta sem que a família fosse informada sobre o ocorrido.
A paciente, que normalmente anda sem auxílio, foi liberada numa cadeira de rodas sob a justificativa de que teria sofrido apenas uma luxação leve após a queda.
Dois dias depois, devido a dores intensas e dificuldade para se movimentar, ela foi encaminhada ao hospital. Lá, foi diagnosticada com uma fratura transtrocantérica no fêmur e no quadril, lesões graves que precisaram de cirurgia de emergência.
Situação preocupante
Tânia Maria de Souza, irmã da paciente, revelou que a família só tomou conhecimento da gravidade do quadro no hospital. “Descobrimos tudo somente no hospital. A clínica deveria ter realizado uma avaliação médica antes da alta. Disseram para o meu irmão, quando ele a foi buscar, que era somente uma luxação, mas isso já nos custou R$ 7 mil em medicamentos, cirurgia e fisioterapia”, relatou.
A cirurgia foi realizada em 10 de setembro. No pós-operatório, a paciente enfrentou complicações graves, como acúmulo de líquido no pulmão, pneumonia e precisou ficar na UTI. Atualmente, ela está em processo de fisioterapia e um novo exame de raio-x indicou que um dos parafusos implantados se deslocou, o que demandará uma nova cirurgia em breve.
“O problema não foi a queda, e sim a falta de comunicação e responsabilidade. Ela estava sob os cuidados da clínica”, declarou Tânia.
A família registrou boletim de ocorrência e contratou um advogado. Uma notificação extrajudicial foi enviada à clínica buscando um acordo para ressarcir os custos médicos, mas até o momento não houve resolução.
A reportagem tentou contato com a clínica Crescer Humanizada para obter um posicionamento, mas ainda não recebeu resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.


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