Economia
Haddad destaca que Tesouro só apoia Correios com plano aprovado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quinta-feira que o Tesouro Nacional realizará aporte nos Correios apenas respeitando as normas fiscais e após a aprovação de um plano de reestruturação da empresa estatal.
Ele enfatizou que não haverá empréstimo, aval ou qualquer tipo de suporte financeiro sem que o plano seja finalizado e avaliado pela equipe econômica.
— Não faremos aporte sem o plano de recuperação aprovado. Nem empréstimo, nem apoio, nem aval. Tudo depende da reestruturação da companhia — explicou o ministro.
Quando questionado sobre a possibilidade de um aporte direto após a rejeição da primeira proposta dos Correios ao Tesouro, Haddad afirmou:
— Pode acontecer. O Tesouro está avaliando todas as opções disponíveis.
Ele ressaltou que qualquer medida tomada — seja empréstimo, aval ou aporte — deverá obedecer às regras fiscais vigentes.
— Caso haja aporte, será conforme as normas. Não fora das regras — esclareceu, explicando que a exclusão de R$ 10 bilhões da meta fiscal das estatais foi uma medida preventiva para eventuais apoios aos Correios.
Cooperação com os Estados Unidos
Durante o encontro com jornalistas, o ministro da Fazenda comentou a reunião que teve com o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar. A conversa abordou a cooperação bilateral para investigar fundos e operações financeiras relacionadas à lavagem de dinheiro.
Haddad informou que os Estados Unidos devem apresentar uma proposta de parceria para combater o crime organizado e destacou o otimismo demonstrado por Escobar.
— Ele prometeu enviar uma resposta à iniciativa brasileira, que considerou bastante viável. Demonstrou entusiasmo com as condições apresentadas — declarou.
Sobre as tarifas americanas aplicadas a produtos brasileiros, o ministro disse que esta é uma questão que tende a ser resolvida com o tempo.
— Acho que estamos gradualmente superando esse mal-entendido — concluiu.


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