Crescimento econômico diminui e PIB cresce só 0,1% no terceiro trimestre

A economia do Brasil apresentou uma forte desaceleração no terceiro trimestre do ano. O Produto Interno Bruto (PIB), que representa o total dos bens e serviços produzidos no país, cresceu apenas 0,1% em comparação ao segundo trimestre, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira.

Analistas financeiros esperavam um aumento um pouco maior, de 0,2%, segundo uma pesquisa com 70 equipes de economistas realizada pelo jornal Valor Econômico.

Como previsto, a elevação dos juros esfriou o consumo. Para controlar a inflação, o Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros (Selic) entre setembro de 2024 e junho deste ano, passando de 10,5% ao ano para 15% ao ano. Desde então, a taxa permanece nesse patamar, o mais alto em quase duas décadas.

Essa alta nos juros contribuiu para a desaceleração no gasto das famílias, mesmo com os recordes recentes de baixa no desemprego.

Especialistas econômicos têm observado que, mesmo com uma desaceleração natural na criação de empregos, a força do mercado de trabalho tem ajudado a atenuar a queda no ritmo de crescimento do PIB.

Devido a essa perda gradual de ritmo, os especialistas projetam que o crescimento econômico do Brasil para 2025 deverá ficar entre 2% e 2,5%, depois de três anos consecutivos com elevadas taxas próximas a 3%, período marcado pela recuperação da crise provocada pela Covid-19.