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Economia

Ibovespa mantém alta e opera estável com dólar fraco

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O Ibovespa começou a sessão de sexta-feira, 5, próximo da estabilidade e continua assim. Depois da abertura, alcançou um novo patamar histórico, chegando perto da resistência dos 165 mil pontos. No maior ponto do dia, subiu 0,16%, chegando a 164.723,80 pontos, em comparação à mínima de 164.309,97 pontos (-0,09%), após iniciar a negociação em 164.460,60 pontos, sem variação.

Apesar da lentidão hoje, a tendência permanece positiva, impulsionada pelas expectativas de uma nova redução dos juros americanos na próxima semana e pelo início do corte da taxa Selic em breve, segundo Patrick Manchester, da Manchester Investimentos. “O sinal do PIB do terceiro trimestre, indicando desaceleração da atividade, aumentou para 80% a chance de redução dos juros domésticos em janeiro, o que impacta positivamente os ativos”, afirma.

Os investidores estão atentos aos dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos, aguardando as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed) na próxima quarta-feira. Também avaliam a aprovação simbólica no Congresso do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026 e acompanham as movimentações em Brasília.

O desempenho do principal índice da B3 reflete a ausência de novos impulsionadores nesta manhã, em meio à indefinição dos índices futuros em Nova York e do preço do petróleo. Apesar disso, as ações da Petrobras apresentam leve avanço. Enquanto isso, a queda de 1,01% no minério de ferro no fechamento em Dalian não foi suficiente para pressionar as ações da Vale, que sobem cerca de 0,40%.

Na área fiscal, o projeto de LDO aprovado ontem estabelece as bases para o orçamento do próximo ano. O texto permite que o governo siga o piso da meta fiscal, e não o centro, e define um calendário para o pagamento de emendas parlamentares.

Silvio Campos Neto, economista sênior da Tendências Consultoria, destaca que “Questões fiscais e institucionais permanecem pontos de atenção, embora atualmente não estejam impactando os preços”.

Nos EUA, o foco está no índice PCE de setembro, a medida de inflação preferida pelo Fed, mesmo com atraso causado pelo shutdown. Segundo Pedro Cutolo, estrategista da ONE Wealth Management, o resultado do PCE provavelmente não alterará a expectativa de redução de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros pelo Fed na próxima semana. “Só uma forte surpresa poderia mudar isso, mas a tendência é de continuidade na redução dos juros”, aponta.

Na parte da manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de novembro. Ao meio-dia, será divulgado o PCE americano, que poderá influenciar a decisão sobre juros nos EUA, na mesma data da decisão sobre a nova Selic pelo Copom, atualmente em 15% ao ano.

Embora o IGP-DI tenha subido 0,01% no mês passado após queda de 0,03% em outubro, acumulou retração de 0,44% em 12 meses, o primeiro declínio nessa base desde abril de 2024 (-2,32%).

Para o economista André Perfeito, o IGP-DI é um bom indicador de que os preços estão relativamente controlados e deve influenciar as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no boletim Focus, divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central. “No entanto, receios com a eleição do próximo ano têm prejudicado a melhora das expectativas”, comenta.

Na quinta-feira, o Ibovespa encerrou em recorde histórico pelo terceiro dia consecutivo, subindo 1,67% e atingindo 164.455,61 pontos. Na semana, acumula alta de 3,38%.

Por volta das 11h24 desta sexta-feira, registrava queda de 0,04%, aos 164.392,00 pontos.

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