Quatro em cada dez idosos já foram vítimas de golpes financeiros: Serasa cria ferramenta para denúncia

Durante o período do Feirão Limpa Nome, golpistas aumentam seus ataques, usando o nome da Serasa para enganar principalmente brasileiros com mais de 60 anos. Uma pesquisa feita em parceria com a Silverguard e o Instituto Opinion Box revelou que 40% dos idosos já enfrentaram fraudes financeiras, e quase metade passaram por tentativas recentes.

Esse período de alta procura por acordos tem sido aproveitado por criminosos que imitam a linguagem e a identidade visual de marcas confiáveis para ganhar a confiança das vítimas. Entre as pessoas que já sofreram golpes, 40% foram enganadas mais de uma vez, e 80% tiveram perdas financeiras — em mais da metade dos casos, os valores ultrapassaram R$ 1.000.

Os impactos vão além do dinheiro perdido: os entrevistados relataram sentimentos de frustração (29%), raiva (25%), medo (19%), vergonha (11%) e também problemas de saúde, como ansiedade e insônia (16%). Mesmo os que não sofreram golpes ou perdas financeiras mudaram seus hábitos: 57% passaram a evitar cadastrar cartão em sites pouco conhecidos e 49% evitam clicar em links, mesmo que enviados por familiares.

Padrões dos golpes

A Silverguard analisou os golpes que usam o nome da Serasa e identificou os principais canais usados pelos criminosos: 45% ocorrem por e-mail, 21% por WhatsApp, 11% por anúncios em sites e apps, 9% pelas redes sociais, 5% por apps de busca e 2% via SMS.

O modus operandi geralmente é semelhante. Os golpistas contatam oferecendo “descontos exclusivos” com prazo limitado, enviando links para páginas falsas ou números que simulam atendimento oficial. Nessas interações, solicitam dados pessoais e enviam boletos falsificados ou chaves Pix falsas. Após o pagamento, o contato é encerrado e a dívida continua ativa, pois nada foi negociado oficialmente.

Márcia Netto, fundadora e CEO da Silverguard, afirma: “Os criminosos aproveitam o Feirão para copiar a linguagem da Serasa e usar a urgência para enganar consumidores mais vulneráveis. Eles sabem que muitos buscam acordos e tentam disfarçar sinais claros de fraude com ofertas tentadoras e links falsos.”

Como denunciar

Patrícia Camillo, gerente da Serasa, alerta: “Alguns sinais devem servir de alerta: nunca pedimos depósitos em contas de pessoas físicas e não cobramos taxas antecipadas para liberar descontos. Em caso de dúvida, não clique em links suspeitos e confira sempre os canais oficiais e selos de verificação nas redes sociais.”

Para auxiliar as vítimas, a Serasa oferece a Central Serasa no SOS Golpe, em parceria com a Silverguard. Essa ferramenta permite que consumidores façam denúncias rápidas e acionam o banco para bloqueio preventivo do valor envolvido.

Esse atendimento é válido para qualquer tipo de golpe financeiro, mesmo que não envolva diretamente a Serasa. Pessoas com mais de 60 anos recebem atendimento prioritário, e as instituições financeiras são alertadas quando há vítimas idosas.

Márcia Netto complementa: “Não prometemos o retorno do dinheiro, mas aumentamos as chances de recuperação com a rapidez e qualidade do dossiê enviado gratuitamente à instituição. Além disso, garantimos um atendimento mais humano para vítimas que se sentem perdidas ou envergonhadas.”

Para denunciar, a Serasa recomenda:
Se for uma tentativa de golpe, acesse serasa.com.br/contra-fraudes para informar sites, links ou números falsos que usem indevidamente a marca.
Se for golpe com perda financeira, registre o caso na central.sosgolpe.com.br/serasa, onde pode anexar provas e receber orientações para aumentar as chances de recuperação do dinheiro. A denúncia é acompanhada pelo WhatsApp do SOS Golpe.