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Bolsonaro testa popularidade de Flávio na pré-campanha
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou que recebeu do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a incumbência de disputar a Presidência da República em 2026. Essa decisão é acompanhada com reserva pelo círculo próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aliados do governo acreditam que ainda há possibilidade de mudanças nas decisões nos próximos meses.
A indicação de Flávio Bolsonaro como candidato foi interpretada por membros do governo como uma resposta às recentes desavenças públicas dentro da família Bolsonaro e uma estratégia para fortalecer o projeto político familiar.
O conflito ocorreu entre Flávio e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que saiu vitoriosa na disputa sobre as alianças políticas no Ceará. Após se posicionar contra a aproximação de bolsonaristas com o ex-presidenciável Ciro Gomes no estado, Michelle foi criticada publicamente por Flávio, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
O governo considera o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como o adversário mais forte, mas sabe que a presença de um nome Bolsonaro na disputa torna as eleições complexas.
Integrantes do PT observam que, apesar de Flávio Bolsonaro ser o membro mais moderado da família, ele enfrentará dificuldades para consolidar apoio do Centrão, devido ao desgaste associado ao sobrenome e à ligação com o pai, que está cumprindo pena em um processo relacionado a uma tentativa de golpe de Estado. O PT está trabalhando para dividir partidos do Centrão, como MDB, PSD, Republicanos e PP, buscando obter parte de seus apoios.
Considera-se também o papel de Tarcísio de Freitas, mesmo se ele optar por disputar a reeleição. Uma ala pragmática do governo avalia que sua tentativa de mais um mandato no Palácio dos Bandeirantes pode fortalecer o voto dos candidatos de direita em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país e um estado decisivo.
Flávio Bolsonaro mantém forte base eleitoral no Rio de Janeiro, o berço do bolsonarismo, o que pode aumentar o desempenho eleitoral dos Bolsonaro em São Paulo e no Rio.
Entretanto, o nome de Flávio Bolsonaro pode criar dificuldades para candidatos estaduais de centro-direita e direita no Nordeste, pois os aliados consideram que apoiar o filho do ex-presidente significaria carregar o desgaste da alta rejeição a Jair Bolsonaro nesses estados.


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