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Carlos Bolsonaro emociona ao receber homenagem na Alesp
O vereador Carlos Bolsonaro (PL), do Rio de Janeiro, recebeu nesta sexta-feira (5) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a Medalha de Honra ao Mérito Legislativo, a maior honraria da instituição. A homenagem, proposta pelo deputado estadual Paulo Mansur (PL), também foi destinada ao deputado federal Mário Frias, do mesmo partido.
Emoção marcou o momento em que Carlos recebeu o colar da medalha, chegando a derramar lágrimas durante sua fala. Ele lembrou sua trajetória política e familiar, destacando seu papel como porta-voz do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Esta homenagem é para ele, porque vejo aqui muitas pessoas com expectativas positivas para que eu possa transmitir a ele. Agradeço por me escolherem para representar meu pai. Trago também um grande abraço dele para todos. A luta ainda não terminou, está apenas começando. Apesar dos meus 42 anos e de estar um pouco cansado, sigo com determinação”, declarou.
A medalha é destinada a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento econômico, cultural e social de São Paulo, conforme informações da Alesp. Paulo Mansur justificou nas redes sociais: “Homenageamos Mário Frias e Carlos Bolsonaro pelo trabalho, dedicação e serviços relevantes ao Brasil”.
Sobre a reação do mercado à indicação de Flávio Bolsonaro à presidência, Carlos comentou que o mercado está mais preocupado com lucros financeiros do que com o público: “O mercado está confortável com juros altos, e a indicação de um nome que possa reduzir essas margens causa preocupação. O mercado está focado no dinheiro, não nas pessoas.”
Ele também falou sobre a resistência do Centrão à indicação do irmão: “Não estou preocupado com o Centrão. O que Bolsonaro decidir está decidido.” Sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado favorito do Centrão, disse: “Tenho certeza de que o Tarcísio é nosso aliado e amigo. Caso haja algum problema — o que duvido — acredito que todos irão se unir em torno dele.”
Antes da entrega das honrarias, deputados bolsonaristas manifestaram apoio a Carlos e ao pai, Jair Bolsonaro, que está preso em Brasília. O deputado Gil Diniz (PL), primeiro a falar, mencionou que Carlos será candidato ao Senado por Santa Catarina. Já o deputado Lucas Bove (PL) afirmou que Jair Bolsonaro “retornará em breve”.
O primeiro a receber a honraria foi o deputado federal Mário Frias (PL), ex-secretário de Cultura no governo Jair Bolsonaro. Paulo Mansur mostrou um vídeo de familiares e amigos homenageando Mário Frias. Na tribuna, Frias também falou de Jair Bolsonaro e da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência, anunciada no mesmo dia.
“Hoje temos uma notícia muito boa: a indicação do presidente Bolsonaro para que Flávio Bolsonaro concorra à presidência. A mensagem é clara: união em torno de Jair Bolsonaro.”
Ao chegar na Alesp, Carlos foi recebido por um protesto de cerca de 30 estudantes organizados pela UNE, que gritavam “sem anistia”.
Pré-candidatura de Flávio
A homenagem a Carlos Bolsonaro acontece no mesmo dia em que seu irmão mais velho, Flávio Bolsonaro, comunicou a aliados que o pai, Jair Bolsonaro, preso em Brasília, autorizou que o senador dispute a presidência no próximo ano.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me encarregar de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, afirmou Flávio.
Essa declaração formaliza um movimento já em curso dentro do PL. De acordo com relatos, Bolsonaro pediu ao filho que assuma o comportamento de pré-candidato: percorrer o país, intensificar embates com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e articular palanques estaduais, atividades consideradas essenciais para preservar o capital político familiar para 2026.
Aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), avaliam o anúncio com cautela. Para dois líderes partidários consultados pelo GLOBO, a indicação não deve ser vista como decisão definitiva. Nessa visão, a escolha de Flávio funcionaria como uma estratégia para manter o nome da família Bolsonaro na disputa eleitoral. A política é dinâmica, ressaltou um influente membro do MDB, mantendo o anonimato.
Um presidente de partido do Centrão classificou a notícia sobre Bolsonaro apoiar Flávio como negativa, argumentando que o senador, além de ter poucas chances de vitória, não seria capaz de unificar o centro político.
Um aliado de Tarcísio concorda que o apoio do ex-presidente ao filho talvez não seja definitivo, sugerindo que o anúncio sirva como um teste para a família assegurar sua presença no cenário político.


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