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Governo do Benim frustra tentativa de golpe de Estado
O governo do Benim anunciou neste domingo (7) o insucesso de uma investida golpista, poucas horas depois que um grupo militar declarou ter retirado do poder o presidente Patrice Talon.
Um pequeno grupo de soldados tentou provocar uma insurreição para desestabilizar o Estado e suas instituições. Entretanto, as Forças Armadas do Benim, junto com sua cadeia de comando, conseguiram conter a situação e impedir o golpe, conforme informado pelo ministro do Interior, Alassane Seidou, em um pronunciamento televisivo.
O presidente Patrice Talon, cujo mandato termina em abril após dois períodos consecutivos, permanece em segurança, segundo fontes próximas a ele.
Testemunhas relataram ter ouvido tiros em Cotonou, a principal cidade econômica do país. Durante a madrugada, militares autodenominados Comitê Militar para a Refundação declararam a destituição de Patrice Talon pela televisão pública, que logo foi interrompida.
Fontes próximas ao presidente garantem que ele está seguro e que o exército está recuperando o controle total da situação. Apenas um pequeno grupo controlava a estação de TV. A cidade e o país permanecem estáveis.
A embaixada da França alertou sobre disparos próximos à residência do presidente e pediu que cidadãos franceses evitassem sair por motivos de segurança.
As autoridades militares confirmaram que a situação está sob controle e que os golpistas não tomaram a residência do presidente nem o palácio presidencial. Estão trabalhando para restaurar a ordem o quanto antes.
No domingo, o acesso à televisão estatal e ao escritório presidencial estava bloqueado por militares. Algumas áreas da cidade ficaram restritas, mas a maioria da população seguia com suas rotinas normalmente.
A história política do Benim tem sido marcada por múltiplas tentativas e golpes militares. O presidente Patrice Talon está no poder desde 2016 e encerra seu segundo mandato constitucional em abril de 2026.
A principal força de oposição está excluída das próximas eleições, que contarão com um candidato moderado contra o partido governista. A oposição acusa o governo de Patrice Talon de adotar uma postura autoritária, contrastando com o passado democrático vibrante do país.


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