petro alerta sobre corpos achados no mar que podem ser vítimas de bombardeio

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou neste domingo (7) a necessidade de iniciar uma investigação após a localização de dois corpos na orla marítima de uma comunidade próxima à fronteira com a Venezuela. Ele indicou a possibilidade de que essas mortes tenham ocorrido devido a um bombardeio conduzido por forças americanas no Caribe.

Na quinta-feira, a emissora pública RTVC divulgou reportagem mostrando a descoberta de dois cadáveres em Puerto López, uma vila de pescadores, além de relatos sobre diversas outras vítimas encontradas na região venezuelana, sem detalhes precisos quanto à quantidade ou local de tais achados.

Petro postou em sua conta no X que os corpos estavam boiando na água no mar da Guajira e solicitou que a autoridade forense colombiana trabalhe para identificar as vítimas e colabore com o ministério público da Venezuela.

O presidente de esquerda acrescentou que essas pessoas poderão ter sido mortas em decorrência de bombardeios na região marítima.

Autoridades policiais da região de La Guajira confirmaram que os corpos foram encontrados recentemente, porém afirmam que as causas dos falecimentos ainda estão em apuração.

Desde setembro, tropas militares dos Estados Unidos realizaram ataques a cerca de 21 embarcações no Caribe e no Pacífico, que estariam ligadas ao tráfico de drogas, conforme ordens do então presidente Donald Trump.

Essas ofensivas resultaram em mais de 80 mortes.

Petro, em meio a uma escalada nas tensões diplomáticas com Washington, criticou as ações como execuções extrajudiciais e reprova a estratégia antidrogas americana.

Trump retirou a Colômbia de sua lista de aliados na luta contra as drogas neste ano, alegando que o país não faz esforços suficientes contra o tráfico de cocaína, e aplicou sanções rigorosas contra Petro e familiares próximos.

Atualmente, a Colômbia é o maior produtor de cocaína do mundo.

A poucos meses de encerrar seu mandato, Petro considera as medidas injustas e destaca que seu governo alcançou níveis recorde na apreensão de entorpecentes.