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Economia

Empresário que levou Toffoli e advogado à final da Libertadores é revelado

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A recente viagem do ministro Dias Toffoli ao Peru para assistir à decisão da Copa Libertadores trouxe novamente à tona o nome do empresário Luiz Osvaldo Pastore, de 75 anos, suplente de senador pelo MDB e dono do jatinho que transportou o ministro e o advogado Augusto Arruda Botelho, defensor de Luiz Antônio Bull, um dos envolvidos na investigação sobre o Banco Master.

O voo ocorreu poucos dias antes de Toffoli assumir importantes decisões no Supremo Tribunal Federal (STF) relativas ao caso.

Pastore é um empresário paulista que vive no Espírito Santo, atuando em áreas como importação, indústria e gestão de imóveis. Apesar de manter um perfil discreto, ele exerce influência significativa na política e no meio empresarial, com patrimônio declarado superior a R$ 450 milhões em 2022.

Tentativas de contato com Pastore não tiveram respostas, e tanto Toffoli quanto Botelho optaram por não comentar o assunto.

A trajetória de Luiz Osvaldo Pastore no Congresso é marcada por períodos intermitentes como suplente no Senado. Ele iniciou em 1994 como primeiro suplente de Gerson Camata (MDB-ES), assumindo o mandato entre 2002 e 2003. Em 2014, retornou ao Senado como suplente da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), ocupando a vaga em duas ocasiões durante licenças da titular, em 2019 e 2022.

Em 2022, Pastore mudou seu domicílio eleitoral para o Distrito Federal e foi candidato a suplente da então ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que disputou uma vaga no Senado. Na campanha, ele foi seu maior doador, com R$ 380 mil.

Embora derrotada na eleição para o Senado por Damares Alves, Flávia Arruda passou a se relacionar com o empresário Augusto Lima, sócio de Daniel Vorcaro no Banco Master. O casal oficializou a união em 2023, data em que ela adotou o sobrenome Peres.

A participação de Toffoli e Botelho na viagem de jatinho de Pastore foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Na manhã do dia 28, poucas horas antes do voo, foi protocolado no STF um recurso de Daniel Vorcaro, dono do banco e alvo da operação, o qual, por sorteio, foi direcionado ao gabinete do ministro Toffoli.

Após retornar ao Brasil, Toffoli retirou o processo da primeira instância, determinou que o STF supervisionasse toda a investigação e estabeleceu sigilo máximo no caso.

Fontes próximas ao ministro afirmam que ele mantém amizade antiga com Pastore e que a viagem foi planejada semanas antes do ingresso do recurso no STF. Segundo essas mesmas fontes, o processo do Banco Master ainda não tinha chegado ao gabinete do ministro quando a viagem aconteceu.

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