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Rollemberg vai precisar de R$ 1 bilhão extra para garantir salários
O governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) pretende pedir ao Tesouro Nacional que, em janeiro, além de depositar os recursos do Fundo Constitucional, adiante o pagamento do equivalente a um mês. O valor anual, de R$ 12 bilhões, é dividido em 12 parcelas iguais de R$ 1 bilhão. Com dois duodécimos em vez de um só, ele espera evitar novo atraso nos pagamentos de salários e dos serviços prestados por empresas de ônibus, como os que ocorreram no início deste mês.
Segundo o coordenador da transição, Hélio Doyle — chefe da Casa Civil do próximo governo —, Rollemberg pediu audiências à presidente Dilma Rousseff e ao ministro indicado da Fazenda, Joaquim Levy. “Ele terá conversas amplas, mas poderá também discutir o adiantamento de recursos. Não haveria problema para o governo federal, porque é um dinheiro que já seria pago mais tarde. E não interessa a ninguém que a situação fique muito ruim no Distrito Federal”, argumentou.
Procurado, o Ministério da Fazenda não se pronunciou sobre o assunto. O governo federal enfrenta dificuldades para pagar as próprias despesas diante das frustrações de arrecadação e tem recorrido ao consumo da poupança feita nos últimos anos, o chamado colchão de liquidez, que equivale a seis meses de vencimentos de dívidas. Neste ano, provavelmente, não haverá superavit primário — a economia reservada ao pagamento de juros. Em 2015, a meta é conseguir um superavit de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Teoricamente, o adiandamento de um duodécimo do Fundo Constitucional não prejudicaria o resultado do ano, já que o dinheiro seria descontado dos demais pagamentos.
A secretária indicada de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal, Leany Lemos, passou o dia imersa em reuniões para entender a situação das contas do GDF. “Vários números são difíceis de conseguir até mesmo para o pessoal da administração atual, pois costumam ser consolidados só depois de vários meses”, disse. Segundo ela, o governo atual encontrou o caixa com R$ 1 bilhão deixado pelo governo anterior. “Nosso temor é encontrar um número negativo”, alertou.
Fonte: Correio Web
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