Relator da CPI do Crime Organizado exige ações efetivas contra tráfico nas fronteiras

Alessandro Vieira, relator da CPI do Crime Organizado no Senado, solicitou ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, propostas concretas para enfrentar o tráfico de drogas nas fronteiras do Brasil.

Lewandowski respondeu afirmando que o principal para combater esse problema é o investimento financeiro adequado. Ele destacou que sem recursos não é possível garantir a segurança pública eficaz.

A primeira questão levantada por Vieira durante a sessão da terça-feira, 9, enfatizou a necessidade de uma infraestrutura robusta para combater grandes volumes de drogas e armas que entram no país. Ele questionou: “Toneladas de material ilícito não atravessam a floresta sem estrutura. O que precisamos para combater isso?”

Lewandowski mencionou a tentativa do governo de tornar constitucional o Fundo Nacional de Segurança Pública, para garantir que os recursos sejam permanentes e suficientes para abastecer todo o sistema de segurança. Ele ressaltou que o montante atual, apesar de um pequeno aumento, ainda é insuficiente para o combate eficaz ao crime organizado.

O relator também criticou membros do Supremo Tribunal Federal (STF), sem citar nomes, mencionando casos em que ministros teriam aceitado benefícios pagos por organizações criminosas, o que, segundo ele, compromete a integridade da Corte.

Lewandowski foi convidado pela CPI para apresentar um diagnóstico claro sobre as ameaças à segurança pública nacional e avaliar a eficácia das políticas em vigor.

Durante a sessão, Vieira esclareceu que não pretende realizar prisões por falso testemunho apenas para criar manchetes ou efeitos midiáticos. Ele ressaltou que a CPI busca resultados concretos e não fará uso de medidas que possam ser consideradas abusivas ou ridículas sem impacto real.

Essa explicação foi dada em resposta a críticas sobre a baixa presença na sessão, destacando que o foco da CPI é encontrar soluções efetivas e não espetáculos midiáticos.