Mundo
ONU denuncia envio de funcionários ao tribunal huthi no Iêmen
O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou nesta terça-feira (9) o encaminhamento ao tribunal especial huthi de vários dos 59 funcionários das Nações Unidas que foram detidos de forma arbitrária pelos rebeldes iemenitas.
Guterres declarou por meio de sua porta-voz, Stéphane Dujarric, que condena o encaminhamento destes funcionários ao tribunal penal especial dos huthis, afirmando que isso envolve vários dos 59 funcionários detidos, alguns deles por vários anos.
Ele solicitou às autoridades ‘de fato’ que revoguem esta decisão e atuem com boa-fé para garantir a libertação imediata de todo o pessoal mantido em custódia, incluindo funcionários da ONU, de organizações não governamentais e da comunidade diplomática.
Até o momento, 59 funcionários da ONU, todos iemenitas, permanecem presos pelos rebeldes apoiados pelo Irã, sem qualquer contato com o mundo exterior.
Os huthis acusam os detidos de espionagem em favor dos Estados Unidos e Israel; acusações rejeitadas pela ONU, que destaca que seus funcionários não podem ser julgados pelas atividades oficiais que desempenham.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, informou sobre a apresentação perante o tribunal especial huthi de um de seus colegas, sob falsas acusações de espionagem relacionadas ao trabalho realizado.
Os huthis, que controlam a capital Sanaa e grande parte do Iêmen, utilizam seu sistema judicial há anos como instrumento de repressão contra organizações não governamentais, jornalistas e adversários políticos.


Você precisa estar logado para postar um comentário Login