CPTM normaliza operação da Linha 11-Coral e Expresso Aeroporto após problema

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) anunciou que o serviço na Linha 11-Coral voltou ao normal na noite de terça-feira (9/12), depois de uma falha no sistema de sinalização. O incidente começou às 14h55 e foi resolvido por volta das 20h. Durante esse tempo, os trens trafegaram em velocidade reduzida e com paradas maiores entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Luz.

Os trens do Expresso Aeroporto ficaram paralisados no trecho afetado, conforme informado pela empresa. A CPTM ressaltou que os intervalos nos horários de pico entre as estações Luz e Estudantes não sofreram modificações e pediu desculpas pelos transtornos causados aos usuários.

Greve e caos em São Paulo

O problema nas Linhas 11-Coral e 13-Jade da CPTM agravou a situação já difícil na cidade após uma forte chuva e uma paralisação nos ônibus. Motoristas e cobradores anunciaram greve na tarde de terça-feira em protesto pela falta de pagamento da primeira parcela do 13º salário da categoria. Na zona sul, vários ônibus começaram a retornar às garagens.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) decidiu pela greve após receber comunicado do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) informando a impossibilidade de pagar o 13º salário na data prevista, 12 de dezembro.

De acordo com o SPUrbanuss, as empresas estão empenhadas em cumprir suas obrigações com os funcionários, incluindo o pagamento do 13º, mas solicitaram um prazo maior para realizar o pagamento de acordo com a legislação vigente.

O SindMotoristas avisou que a paralisação pode continuar nesta quarta-feira (10/12) caso as empresas não garantam o pagamento do 13º salário e do vale-alimentação. A entidade reforça que os motoristas só retornarão ao trabalho após terem uma posição definitiva sobre o cumprimento das responsabilidades trabalhistas.

Posicionamento da Prefeitura de São Paulo

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que os repasses financeiros às empresas de ônibus estão sendo feitos corretamente e que o pagamento do 13º salário é de responsabilidade exclusiva das concessionárias.

Além disso, a pedido do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes e a SPTrans registraram um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra as empresas que iniciaram a greve sem aviso prévio.

A administração municipal também suspendeu o rodízio de veículos na cidade. Conforme dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a capital paulista acumulava 1.353 km de congestionamento às 18h47, atingindo o maior índice de lentidão do ano. O recorde anterior foi registrado em 9 de agosto de 2024, quando a cidade chegou a 1.510 km de tráfego lento às 19h.