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Câmara continua trabalhos após força contra Braga

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A Câmara dos Deputados retomou as atividades depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força por agentes da Polícia Legislativa Federal.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos -PB), reabriu a sessão discutindo um projeto de Cadastro Ambiental Rural (CAR) para tentar acalmar os ânimos. Espera-se que ainda hoje seja debatido o projeto de lei sobre a dosimetria da pena dos condenados no caso do dia 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, podendo haver redução nas penas.

Após o ocorrido com Braga, o presidente Hugo Motta voltou ao comando da sessão e se manifestou:

“A cadeira da presidência não é minha, pertence à República, à democracia e ao povo brasileiro. Nenhum parlamentar pode usar essa posição para intimidação, espetáculo ou desordem. Deputados têm liberdade dentro da lei e do Regimento, fora disso é abuso. Sou responsável por manter a ordem e respeito na Câmara e não permitirei que as regras sejam desrespeitadas.”

Motta também informou que ordenou a apuração de excessos cometidos contra a imprensa, pois durante a ocupação da cadeira pelo deputado Braga, a transmissão ao vivo da TV Câmara foi cortada, e profissionais de imprensa foram removidos à força, com relatos de agressões por policiais legislativos.

Após ser retirado, Braga foi levado para o Salão Verde, com as roupas rasgadas, onde criticou duramente a ação ao falar com a imprensa, ao lado de deputados governistas:

“O senhor Hugo Motta, que queria parecer um ponto de equilíbrio, está enganando. Com os golpistas que tomaram a mesa houve docilidade, mas comigo houve violência. Eles ficaram 48 horas, eu fiquei algumas horas, e já houve essa reação.”

Em agosto, oposicionistas chegaram a passar a noite nas mesas diretoras da Câmara e do Senado, bloqueando os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ocupação de Braga iniciou-se em protesto após o anúncio de que a votação para cassar o mandato do deputado, junto com os casos de Carla Zambelli (PL-SP) e Delegado Ramagem (PL-RJ), seria levada ao plenário. Braga pode perder seu mandato por ter agredido um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) com um chute no ano anterior, após provocação.

“Minha cassação, com inelegibilidade por oito anos, não é um caso isolado. Eles querem votar uma anistia que pode reduzir penas, incluindo a do Jair Bolsonaro, e preservar os direitos políticos do Eduardo Bolsonaro. Mesmo com desligamento por faltas, a elegibilidade permanece.”

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