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Ex-líder de Marçal busca aproximar Flávio da Faria Lima
O ex-líder de Pablo Marçal, Filipe Sabará, tem trabalhado para superar a resistência da Faria Lima em relação ao nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a Presidência da República.
Sabará, que também atuou como secretário de Desenvolvimento Social do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), promoveu um encontro entre Flávio e empresários na quinta-feira (11/12).
O encontro ocorreu na sede do Banco UBS, com a recepção do CEO da instituição, Marcello Chilov. Posteriormente, Flávio participou de uma reunião com 40 grandes empresários, incluindo Flavio Rocha (Riachuelo), Alexandre Ostrowiecki (Multilaser), Richard Gerdau (Gerdau), Hélio Seibel (Duratex) e Mario Araripe (Casa dos Ventos).
Desafios no mercado financeiro
Economistas da Faria Lima acreditam que nem mesmo a indicação de Paulo Guedes para liderar o plano econômico da pré-campanha de Flávio garantiria viabilidade política para a candidatura do senador à Presidência em 2026.
No dia em que Flávio anunciou ter sido escolhido pelo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para concorrer nas próximas eleições presidenciais, a Bolsa de Valores caiu mais de 4% e o dólar subiu rapidamente.
Para o mercado financeiro, a questão não está no programa econômico apresentado por Flávio. Mesmo com a exposição clara de um plano econômico alinhado às expectativas da Faria Lima e o anúncio de uma liderança como Guedes, a desconfiança sobre a candidatura do filho 01 permanece.
“Ele pode ter boas intenções, mas se não vencer, não adianta. O mercado vai analisar a viabilidade da candidatura. A questão principal não é o programa econômico ou quem integra a equipe, isso é um segundo ponto”, disse o economista-chefe de uma gestora de investimentos em entrevista ao Metrópoles.
O principal obstáculo para Flávio é a elevada rejeição associada ao nome Bolsonaro entre grande parte dos eleitores. A maioria dos economistas do mercado financeiro acredita que isso reduz as chances de Flávio vencer no segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Perspectivas econômicas e políticas
Segundo os economistas consultados pelo Metrópoles, um governo liderado pelo PT dificilmente promoveria mudanças na política fiscal, a qual privilegia o aumento da arrecadação para sustentar o crescimento dos gastos públicos, considerado estrutural na gestão econômica de Lula.
Além disso, as reformas econômicas relevantes para o mercado financeiro dependem de estabilidade política, a qual não estaria garantida nem na reeleição de Lula nem na eleição de Flávio.
No cenário da reeleição do petista, espera-se um Congresso ainda mais conflituoso com o Executivo, já que o bolsonarismo tem como foco as eleições para o Senado e o governo enfrenta dificuldades na Câmara dos Deputados diante da oposição.
Se Flávio conseguir superar a rejeição e for eleito em 2026, a avaliação é que ele poderá utilizar boa parte do seu capital político para proteger Bolsonaro. Essa estratégia pode enfraquecer a rigidez das regras fiscais e dificultar a redução de gastos, medidas que costumam ser impopulares.


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