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EUA pedem investigação sobre ataque a jornalistas no Líbano
Vários legisladores democratas dos Estados Unidos solicitaram nesta quinta-feira (11) que os governos dos EUA e de Israel conduzam uma investigação sobre um ataque ocorrido em 2023, no qual um jornalista da Reuters foi morto no Líbano e vários outros jornalistas ficaram feridos, incluindo dois da AFP.
Em 13 de outubro de 2023, Issam Abdallah, videógrafo da Reuters, foi morto, e seis jornalistas ficaram feridos, entre eles os repórteres da AFP, Dylan Collins e Christina Assi, que teve a perna direita amputada.
Uma apuração independente feita pela AFP indicou que dois projéteis de tanque de 120 milímetros disparados do norte de Israel, próximo à fronteira com o sul do Líbano, foram os responsáveis pelo ataque.
O senador Peter Welch, durante uma entrevista coletiva em Washington, ressaltou: “Esperamos que o governo israelense conduza uma investigação que siga padrões internacionais e responsabilize os culpados”. Dylan Collins também participou da coletiva.
Peter Welch, senador de Vermont, estado natal de Collins, informou que vem buscando respostas há dois anos, primeiro junto ao governo do democrata Joe Biden e agora com a administração republicana de Donald Trump.
De acordo com Welch, as Forças de Defesa de Israel (FDI) não fizeram nenhum esforço sério para investigar o incidente. Ele mencionou que o Exército israelense comunicou que a investigação foi encerrada.
Dylan Collins pediu que o governo dos EUA reconheça publicamente o ataque e pressione Israel para levar os responsáveis à justiça.
Os legisladores classificaram esse ataque como um crime de guerra.
A congressista democrata Becca Balint afirmou que continuarão a exigir esclarecimentos sobre esse ato deliberado de violência contra a imprensa livre.
As conclusões da AFP foram confirmadas por outras investigações internacionais feitas pela Reuters, Comitê para a Proteção dos Jornalistas, Human Rights Watch, Anistia Internacional e Repórteres Sem Fronteiras.
Ao contrário do que disse Welch sobre o fechamento da investigação israelense, as FDI informaram em outubro à AFP que as conclusões sobre o incidente ainda estão em andamento e não foram finalizadas.


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