Claro paga R$ 8 mil a estudante por ligações insistentes

A Justiça de São Paulo determinou que a operadora Claro indenize um estudante em R$ 8 mil devido ao envio contínuo de chamadas telefônicas indesejadas. O jovem informou que recebia mais de 20 chamadas por dia.

As ligações foram feitas à procura de um indivíduo chamado Demerssom, desconhecido pelo estudante. Mesmo após ele esclarecer que não conhecia esse nome, as chamadas persistiram.

Ele tentou resolver a questão com um cadastro no site “Não Me Perturbe” e também fez uma reclamação no Reclame Aqui, porém sem êxito.

Em sua defesa, a Claro alegou que tais ligações, mesmo que indevidas, não configuram danos morais, tratando-se apenas de aborrecimentos comuns do dia a dia.

Contudo, a juíza Renata Barros Souto Maior Baiano considerou que a atuação da Claro ultrapassou o mero incômodo. Segundo a decisão, o excesso de chamadas para a pessoa errada e a falta de providências após várias notificações atingiram negativamente a vida pessoal e o bem-estar do estudante.

O Tribunal de Justiça fixou a indenização em R$ 8 mil por danos morais e ordenou o fim das ligações. A Claro tem o direito de apelar da sentença.