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Enel espera restabelecer energia em São Paulo até domingo
A Enel informou na manhã de sábado (13/12) que planeja restaurar o fornecimento de energia para os clientes afetados pelo apagão até o final do domingo (14/12). Esta decisão veio após a Justiça determinar, na noite de sexta-feira (12/12), que a empresa deve resolver o problema de todos os consumidores em até 12 horas, sob risco de multa de R$ 200 mil por hora.
Uma mulher faleceu na tarde de sexta-feira (12/12) ao ser atingida pela queda de uma árvore na Rua Arminda de Lima, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Diversas árvores foram derrubadas pela ventania intensa que atingiu a cidade, causando danos em veículos e bloqueios em vias importantes, como no Parque do Ibirapuera e em outras regiões da zona sul.
Segundo a Enel, por volta das 11h20, aproximadamente 446 mil imóveis estavam sem energia na Grande São Paulo, o que representa 5,25% do total atendido na área de concessão. Cidades localizadas a oeste da região metropolitana continuam entre as mais afetadas. Em Embu-Guaçu, quase 60% dos imóveis permanecem sem eletricidade.
Na capital, cerca de 306 mil imóveis estão sem energia. Regiões como Sacomã e Saúde enfrentam o apagão desde quarta-feira (10/12), quando o problema teve início. A Enel destacou que o vendaval que atingiu a região foi o mais prolongado já registrado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), com rajadas consecutivas acima de 70 km/h no Mirante de Santana, algo inédito desde o início das medições em 2006.
As condições climáticas adversas complicaram os esforços de restabelecimento, pois as rajadas contínuas causaram novas interrupções enquanto as equipes trabalhavam para religar as unidades. A empresa afirmou que mobilizou um número recorde de equipes desde quarta-feira, chegando a quase 1,8 mil times ativos na quinta-feira, o que permitiu restabelecer o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes afetados pelo vendaval, utilizando sistemas de automação e esforço intenso das equipes em campo.
Decisão Judicial
A determinação para que a energia fosse restabelecida em até 12 horas, iniciando na noite de sexta-feira, foi emitida pela 31ª Vara Cível do Foro Central, atendendo a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
A juíza Gisele Vallle Monteiro da Rocha ressaltou que o fornecimento de energia trata-se de um serviço público essencial e indispensável. Ela enfatizou que a extensão do apagão nos últimos dias demonstra claramente a seriedade da falha na prestação desse serviço essencial e a violação direta dos direitos fundamentais da população.

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