Centro-Oeste
Bebê morre em creche clandestina no DF e é enterrada com comoção e revolta
Familiares e amigos prestaram uma última homenagem à pequena Laura Rebeca Ribeiro dos Santos na manhã deste sábado (13/12). A bebê, de apenas 1 ano e 4 meses, faleceu asfixiada após ficar presa no cinto do bebê conforto, na última quinta-feira (11/12).
O velório de Laura aconteceu no Cemitério de Taguatinga, onde os presentes se despediram com forte emoção e lágrimas. Antes do enterro, o caixão foi aberto para permitir o último adeus.
Além da tristeza, a revolta também marcou o momento. A cunhada da mãe de Laura, Laila Milena, ressaltou que o erro principal foi a criança não ter sido acomodada em um colchão. Segundo ela, Laura poderia ter ficado até no carrinho para evitar o sufocamento.
Laila afirmou que a criança chegou na creche no carrinho trazido por ela e que a responsável pelo local clandestino colocou Laura no bebê-conforto, onde teria permanecido dormindo por mais de duas horas sem supervisão.
Ela ainda acrescentou que o equipamento usado para a bebê é recomendado apenas para crianças com até um ano. Aguardam-se resultados da perícia para esclarecer as causas da morte, buscando justiça.
O incidente ocorreu na QNO 6, conjunto P, Setor O, em Ceilândia (DF), na casa de uma cuidadora que operava uma creche clandestina. A mãe da menina teve que deixar Laura nesse lugar inadequado para trabalhar, sendo a primeira vez que a criança ficou sob cuidados de terceiros. Normalmente, ficava sob cuidados de parentes. A menina aguardava vaga em creche pública.
Informações preliminares indicam que a criança ficou presa no cinto do bebê conforto enquanto dormia. Ao chegar, a família encontrou o corpo da bebê sobre um sofá, com um hematoma no pescoço e sangue no nariz, conforme relato da avó, Aparecida Maria, de 51 anos.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e confirmou o falecimento no local. A Polícia Militar preservou o local até a chegada da Polícia Civil do DF, que investiga o caso pela 24ª Delegacia de Polícia (Setor O).

Você precisa estar logado para postar um comentário Login