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Presidente da Colômbia ordena ‘atacar’ ELN diante de confinamento de civis

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Gustavo Petro, presidente da Colômbia, instruiu as forças de segurança a tomarem medidas contra a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), que impôs um bloqueio aos civis nas áreas que controla desde domingo (14), para realizar exercícios militares.

A principal organização rebelde das Américas decretou restrições de movimento por 72 horas enquanto se prepara para “proteger” o país frente às alegadas “ameaças de intervenção” vindas do presidente americano Donald Trump.

A polícia informou que um motorista de ambulância foi baleado fatalmente no município de Puerto Santander (leste), na fronteira com a Venezuela, durante o período da “paralisação armada” imposta pelos guerrilheiros.

Essa ação restringe o deslocamento de civis por estradas e rios até as 8h, no horário de Brasília, desta quarta-feira (17), nas áreas sob controle do ELN.

No domingo, Petro postou na rede social X que deu a ordem para “atacar o ELN e proteger o povo colombiano de qualquer ameaça”.

Ele também encorajou os colombianos a saírem sem receio, afirmando que “não nos deixaremos intimidar” por traficantes disfarçados de revolucionários.

O Exército reportou que conseguiu impedir três tentativas do ELN de realizar ataques com explosivos em estradas nos departamentos de Norte de Santander (leste) e Cauca (sudoeste).

Fundado em 1964 com inspiração na revolução cubana, o ELN está presente em aproximadamente 20% dos mais de 1.100 municípios colombianos, conforme o centro de estudos Insight Crime.

Petro tentou negociar a paz com os rebeldes desde que assumiu a presidência em 2022, mas os diálogos não avançaram.

Em janeiro, o ELN matou mais de 100 pessoas numa região na fronteira com a Venezuela, o que encerrou as conversas de paz.

Os guerrilheiros, envolvidos no tráfico de cocaína, acreditam que os Estados Unidos estão planejando operações militares na Colômbia, parte do que eles chamam de “plano neocolonial” do ex-presidente Trump.

Trump recentemente afirmou que não descarta ataques em solo colombiano contra laboratórios de drogas.

O governo de Petro interpretou essas declarações como uma possível ameaça de invasão ao país.

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