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Venezuela acusa EUA de roubar petróleo em Conselho de Segurança
A Venezuela fez uma denúncia na terça-feira (16) ao Conselho de Segurança da ONU acusando os Estados Unidos de terem confiscado um navio petroleiro. A ação foi classificada como um ‘roubo’ do carregamento de petróleo pelo governo venezuelano.
Segundo Washington, o navio estaria envolvido em uma operação ilegal de transporte de petróleo destinada a apoiar grupos terroristas internacionais. A Venezuela, por sua vez, qualificou o ocorrido como um ‘ato de pirataria naval’.
O representante venezuelano na ONU apresentou uma carta solicitando que o Conselho de Segurança condene oficialmente essa ação, que denunciou como um uso indevido de força militar contra uma embarcação privada e a apropriação ilegal de uma carga mercantil legítima.
A carta destaca que o carregamento de petróleo é fruto de uma transação comercial legítima, conforme as normas internacionais vigentes, e requer a libertação imediata dos tripulantes detidos e a devolução do petróleo confiscado.
O Conselho de Segurança é a entidade responsável por manter a paz e segurança globais, podendo impor sanções ou autorizar intervenções militares. Os Estados Unidos possuem assento permanente com poder de veto nesse órgão.
Os EUA têm uma força naval posicionada no Caribe e realizam frequentes sobrevoos ao longo da costa venezuelana, visando pressionar o presidente Nicolás Maduro, dentro de uma estratégia anticrack contra o narcotráfico.
Nas últimas semanas, as forças americanas atacaram embarcações suspeitas de contrabando de drogas em áreas do Caribe e do Pacífico, resultando na morte de 95 pessoas e gerando um aumento das tensões na região.
O navio apreendido no dia 10 transportava entre 1 e 2 milhões de barris de petróleo venezuelano. Embora o país produza cerca de 1 milhão de barris diários, enfrenta desde 2019 um embargo que o obriga a vender seu petróleo no mercado clandestino com preços reduzidos.

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