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Irmão de ex-governador denuncia perseguição à filha em Nova York

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Marco Aurélio Garcia, empresário e irmão do ex-governador Rodrigo Garcia, procurou a Justiça para denunciar um escritório de advocacia por supostamente usar uma estagiária para se aproximar das amigas de sua filha em Nova York, com o objetivo de entregar uma notificação judicial relacionada a um processo de falência que envolve ambos.

De acordo com a petição, a estagiária ingressou em um grupo de WhatsApp chamado “Seguidoras NYC” como parte da estratégia para localizar Stephanie Garcia, estilista e influencer com grande número de seguidores, visando uma ação judicial ligada à falência do Grupo Rontan, empresa que atuou nos setores de ambulâncias e telecomunicações.

Marco Aurélio Garcia relata diversas irregularidades no processo e pediu a destituição da administradora judicial, que por sua vez acusa o empresário de participar de uma rede de relações fraudulentas para proteger seu patrimônio e ocultar bens.

Estagiária infiltrada

A defesa de Marco Aurélio Garcia aponta que o escritório Duarte Forssel Advogados, contratado pela administradora judicial e especializado em recuperação de ativos no exterior, está por trás da perseguição à filha do empresário.

Segundo o documento, uma estagiária chamada Anna Beatriz teria usado uma “engenharia emocional” para se aproximar de Stephanie Garcia, que tem 33 anos. Inicialmente, ela conseguiu entrar no grupo de WhatsApp apresentando-se como fã da influencer e demonstrando interesse em um encontro pessoal.

A relação entre as duas teria começado nas redes sociais, com a estagiária comentando e respondendo às postagens de Stephanie de forma acolhedora e descontraída, construindo uma imagem de seguidora dedicada.

Jantar em Nova York

Após semanas de aproximação, a estagiária solicitou a amigos de Stephanie para participar de um jantar marcado em Nova York. Pouco antes do evento, ela desistiu repentinamente, enviando uma mensagem no grupo explicando um imprevisto.

O advogado de Marco Aurélio Garcia acredita que a desistência foi uma manobra para que a localização do jantar fosse transmitida a um terceiro. Um homem teria ido até o restaurante, tentando forçar Stephanie a assinar documentos relacionados à notificação da Rontan, filmando-a secretamente e causando constrangimento.

A petição destaca que Stephanie Garcia não mora nos Estados Unidos, o que tornaria a ação inesperada e injustificada.

Segundo o advogado Adolfo Luis Gois, essa prática consiste em infiltração digital, manipulação identitária e abordagem agressiva fora da jurisdição, configurando um método antiético e ilegal.

Além do processo judicial, a família entrou com uma representação no Conselho de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Conflitos e acusações

A administradora judicial, empresa Campi Serviços Empresariais, afirmou que Marco Aurélio Garcia e os sócios da Rontan teriam criado uma rede de relações fraudulentas para transferir bens da empresa a favor do empresário, dificultando o pagamento aos credores.

Marco Aurélio Garcia, conhecido como Lelo, é figura pouco exposta, mas já foi citado em investigações anteriores ligadas à ocultação de bens.

A defesa do empresário denuncia violações às leis brasileiras e americanas por parte do escritório contratado pela administradora judicial.

Busca por ativos

Embora não faça parte oficialmente da Rontan, Marco Aurélio Garcia se envolveu no caso ao arrendar uma fábrica da empresa. Casos de falência muitas vezes incluem investigações para desconsiderar a separação jurídica e buscar bens ligados às pessoas envolvidas para pagar credores.

O escritório Duarte Forssel Advogados, liderado pelos sócios Henrique Forssell e Octaviano Duarte Filho, é conhecido por atuar em disputas envolvendo grandes empresários falidos, cobrando honorários elevados.

No caso da Rontan, o passivo estimado chega a R$ 1,6 bilhão, aumentando a preocupação dos credores sobre os valores devidos ao escritório.

Posicionamento do escritório

O escritório afirma que Stephanie Garcia é parte envolvida em processo que investiga fraude contra os credores do Grupo Rontan e que todas as notificações foram feitas conforme a legislação dos países envolvidos.

Segundo a nota, os dados utilizados, incluindo informações de redes sociais, são públicos e a atuação do escritório segue padrões éticos.

A estagiária não se manifestou publicamente e a administradora judicial não respondeu a solicitações para comentar o caso.

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