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Creche sem licença investigada por maus-tratos em São José do Rio Preto

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Uma creche particular localizada em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, está sob investigação por denúncias de maus-tratos e não possui autorização para funcionamento, conforme informado pela Prefeitura local. A solicitação de licenciamento feita em 17 de novembro de 2025 foi negada pela fiscalização municipal após constatação da atividade de creche no local.

Em 18 de novembro, o estabelecimento recebeu notificação para incluir oficialmente a atividade de educação infantil, com prazo até 22 de dezembro para cumprir as adequações exigidas. Caso as irregularidades persistam após nova vistoria, medidas como advertência, multa e fechamento podem ser aplicadas.

A Secretaria Municipal de Educação esclareceu que o local não é registrado como escola infantil e, portanto, não está sob suas responsabilidades de supervisão, sendo classificado apenas como empresa de recreação e lazer.

Investigação em andamento

Mães das crianças afetadas registraram queixas na Central de Flagrantes de São José do Rio Preto. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública, as crianças eram mantidas em uma varanda exposta ao calor intenso, em condições inadequadas, com alimentos mal acondicionados. Além disso, relatos apontam ofensas verbais e marcas físicas como hematomas e mordidas nos pequenos, sem justificativas por parte dos responsáveis.

O caso está sendo investigado pelo 6º Distrito Policial local, com diligências em curso para elucidação dos fatos e responsabilização dos envolvidos.

Relato preocupante

Jany Lima Santos, terapeuta ocupacional e avó de uma criança de 2 anos matriculada na creche, revelou que o neto apresentava sinais de agressão, como hematomas, mordidas e um olho roxo. Ao questionar a direção, recebeu respostas evasivas e notou falta de câmeras no setor onde o garoto teria sofrido o ferimento.

A criança manifestava medo e resistência para frequentar o local, o que motivou a família a retirá-lo da instituição. Segundo Jany, os maus-tratos começaram após a mudança na administração da creche, que ocorreu em julho.

Posicionamento da creche

Em nota divulgada nas redes sociais, a direção afirmou que os vídeos e imagens compartilhados foram distorcidos e feitos por ex-funcionárias que já haviam deixado o estabelecimento. Além disso, alegam que as situações mostradas foram incidentes isolados, já corrigidos, e não refletem negligência contínua.

A direção garantiu que os colaboradores sempre agiram em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente e que medidas legais estão em andamento para apurar os fatos, tanto na esfera criminal quanto civil.

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