Economia
Ouro e prata sobem com investidores buscando refúgio seguro
O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 17, impulsionado pela busca dos investidores por ativos considerados seguros diante do aumento das tensões globais e preocupações renovadas com o setor de tecnologia. Além disso, agentes do mercado ajustam suas expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed) para o ano de 2026. Paralelamente, a prata ultrapassou a marca histórica de US$ 67 pela primeira vez.
Na bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro valorizou-se 0,96%, atingindo US$ 4.373,9 por onça-troy. A prata para março teve um avanço expressivo de 5,7%, alcançando US$ 66,901 por onça-troy, chegando a bater o recorde de US$ 67,180.
O aumento do ouro é estimulado pelas crescentes tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, conforme análise do BBH. Na noite de terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, determinou o bloqueio total de navios petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela, além de designar o governo de Nicolás Maduro como uma entidade terrorista.
No âmbito econômico, o mercado está atento à divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, prevista para quinta-feira. Indicativos de redução da inflação podem provocar queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), enfraquecendo o dólar e permitindo que o ouro alcance novos recordes, segundo o DHF Capital. Apesar dos dados de emprego divergentes divulgados na terça, analistas mantêm a previsão de dois cortes nas taxas de juros no primeiro semestre de 2026.
Assim, conforme o Swissquote, diversos fatores sustentam a valorização contínua dos metais preciosos, incluindo expectativas de uma política monetária mais branda pelo Fed, menor interesse em títulos do Tesouro e a persistência da tensão geopolítica. Para o banco suíço, o movimento de alta dos metais ainda tem potencial para continuar.

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