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Desembargador federal preso é enviado para cadeia pública
Desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, foi detido na última terça-feira (16) e transferido na quarta (17) para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, localizada em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O magistrado passou a noite na cadeia após a confirmação de sua prisão preventiva em audiência de custódia realizada na terça-feira, que aconteceu na sede da Superintendência da Polícia Federal, onde ele estava desde o cumprimento do mandado expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Júdice Neto está sob investigação na segunda fase da Operação Unha e Carne. Essa fase da operação resultou na prisão de Rodrigo Bacellar, então presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e deputado estadual pelo União Brasil. Bacellar é acusado de compartilhar informações sigilosas da Polícia Federal com o deputado estadual TH Jóias, suspeito de conexões com a facção criminosa Comando Vermelho.
Rodrigo Bacellar foi liberado e manteve seu mandato após uma votação no plenário da Alerj, mas foi afastado da presidência da assembleia por decisão de Alexandre de Moraes. Ele cumpre medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, restrição de saída após as 19h, exceto em dias com sessões que ultrapassem esse horário, além da entrega do passaporte e do porte de arma.
A Operação Unha e Carne foca no vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, que ocorreu em 3 de setembro. Na Operação Zargun, TH Jóias e outras 14 pessoas foram presas por vínculos com facções criminosas. O desembargador Júdice Neto é o relator do processo que envolve TH Jóias, e há suspeitas da Polícia Federal de que ele teria repassado informações privilegiadas a Rodrigo Bacellar, com quem mantinha uma relação próxima.
Enquanto isso, o gabinete do desembargador afastado passou a ser ocupado pelo juiz federal convocado Marcelo Leonardo Tavares, nomeado pelo presidente do TRF2, desembargador federal Luiz Paulo da Silva Araújo Filho.
A 1ª Seção Especializada do TRF2 analisará na quinta-feira (18) o processo relativo à Operação Zarkun. O colegiado decidirá sobre o recebimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra TH Jóias e outros investigados, que são suspeitos de associarem-se ao Comando Vermelho.
Essa sessão será relatada pelo desembargador federal Júlio de Castilhos, que é revisor do processo originalmente relatado pelo desembargador Júdice Neto. A presidência ficará sob responsabilidade do desembargador federal Wanderley Sanan Dantas, e a junta será composta por oito membros.


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