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PF diz que Bolsonaro tentou danificar tornozeleira com ferro de solda de forma rudimentar
Polícia Federal enviou um laudo ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontando que a tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sofreu uma tentativa de violação por meio de uma fonte de calor concentrada, semelhante a um ferro de solda.
Os peritos da PF identificaram que os danos ao dispositivo foram feitos de maneira rudimentar, sem habilidade técnica, comprometendo o invólucro plástico da tornozeleira.
De acordo com o laudo, “os danos observados indicam que a ferramenta foi usada de forma grosseira, sem precisão técnica”. Testes aplicados com um ferro de solda mostraram resultados compatíveis com os danos encontrados.
A tentativa de violação com ferro de solda foi um dos fundamentos para que o ministro Alexandre de Moraes decretasse a prisão preventiva do ex-presidente, em 22 de novembro.
O Instituto Nacional de Criminalística da PF constatou que a tornozeleira apresentava deformações, fusão do plástico e rompimento da capa protetora em vários pontos, exibindo abertura suficiente para expor os componentes internos.
As áreas mais afetadas ficam na parte inferior e em uma lateral, indicando o uso repetido de calor em locais distintos.
O laudo destaca que os danos não resultaram de acidente ou desgaste natural. “Características indicam o uso de objeto quente aplicado em pontos específicos”, diz o documento, ressaltando que a irregularidade do dano sugere falta de habilidade técnica.
Embora a análise seja comparativa e limitada para preservar os circuitos, os peritos confirmam que houve tentativa intencional de violar o equipamento.
Em relatório adicional, a PF indica que os danos no invólucro acionariam automaticamente os sensores de integridade e violação do sistema de monitoramento.
Segundo o documento, perfurações e exposição da bateria interna disparam alertas no sistema “AKILES”, que monitora esses dispositivos eletrônicos.
A tornozeleira eletrônica, usada por mais de 120 mil pessoas no país, é leve, pesa entre 120 e 200 gramas, funciona via GPS e transmite sinais contínuos para as centrais estaduais de monitoramento.
Com esses sinais, agentes acompanham em tempo real o deslocamento do usuário e recebem alertas em casos de violação, entrada em áreas restritas, bateria fraca ou falhas técnicas.
O equipamento é fixado ao tornozelo com uma cinta de borracha resistente, presa por um grampo especial que só pode ser aberto com ferramenta própria. Dentro da cinta há uma fibra ótica que detecta tentativas de corte ou manipulação.


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