Economia
Mauro Vieira diz que UE e Mercosul têm última chance para acordo
Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, manifestou confiança na possibilidade de um acordo de livre comércio ser firmado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) durante a cúpula do Mercosul realizada em Foz do Iguaçu (PR) neste sábado (20).
Ele destacou que este é o momento decisivo para fechar o acordo e que, se não acontecer agora, não haverá futuras negociações substantivas entre os dois blocos.
“Se não for concluído neste momento, não haverá mais o que negociar de forma significativa. Nosso foco e esforços serão direcionados a outros parceiros importantes que estão na fila”, afirmou Mauro Vieira em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O ministro mostrou-se otimista por perceber que a maioria dos países apoia o acordo e ressaltou que a UE entende a importância de firmá-lo, especialmente diante do atual desequilíbrio nas relações internacionais. Ele descreveu o acordo como uma espécie de “rede de proteção” para ambas as regiões, Mercosul e União Europeia.
Essa visão está alinhada com o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que declarou durante a última reunião ministerial de 2025 que esta é a última oportunidade para o acordo durante seu governo.
“Se não fizermos agora, o Brasil não buscará esse acordo enquanto eu estiver no cargo”, afirmou Lula. “Se a resposta for negativa, adotaremos uma postura rigorosa daqui em diante. Já cedemos tudo que era possível”, completou.
Exploração de Novos Mercados
De acordo com o chanceler, o Brasil tem ampliado sua presença em mercados externos diferentes, com a expectativa de aumentar as exportações em aproximadamente US$ 33 bilhões nos próximos cinco anos.
Na área da agropecuária, por exemplo, foram conquistados 500 novos mercados graças às iniciativas diplomáticas do presidente Lula durante suas viagens internacionais.
“O presidente Lula é o maior promotor do Brasil no exterior desde seu primeiro mandato. Neste terceiro mandato, ele participou de mais de 60 encontros presenciais com chefes de Estado estrangeiros”, destacou.


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