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Zelensky pede que UE use ativos russos para ajudar Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (18) aos líderes da União Europeia que eles têm o direito tanto moral quanto legal de utilizar os ativos russos congelados para apoiar Kiev, que enfrenta o risco de ficar sem fundos em alguns meses.
Os países europeus garantiram a maior parte do apoio financeiro e militar à Ucrânia para os próximos dois anos, após o presidente americano, Donald Trump, ter decidido interromper a ajuda dos Estados Unidos, enquanto a equipe republicana continua negociando com a Rússia sobre a disputa territorial.
Se nenhuma decisão for tomada, a Ucrânia poderá ficar sem recursos financeiros a partir do primeiro trimestre de 2026.
Na cúpula realizada em Bruxelas, os 27 Estados-membros prometeram não sair sem um acordo para financiar a Ucrânia, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O presidente francês, Emmanuel Macron, mostrou-se confiante na capacidade do bloco de encontrar uma solução.
Duas opções principais estão sendo consideradas pelos chefes de Estado e Governo da UE. A primeira seria solicitar um empréstimo, mas vários países, incluindo a Alemanha, estão relutantes, e a Hungria se opõe fortemente. Essa decisão exigiria unanimidade.
A segunda opção é utilizar os ativos congelados do Banco Central da Rússia, a maioria deles (210 bilhões de euros, cerca de 1,3 trilhão de reais) mantidos na Bélgica pela empresa Euroclear, localizada em Bruxelas.
O plano seria que a Euroclear emprestasse este dinheiro à UE, que então o repassaria para a Ucrânia na forma de um “empréstimo de reparação” inicial de 90 bilhões de euros (582 bilhões de reais).
A maioria dos países da UE apoia essa alternativa, pois não gera custos aos contribuintes, reforça o compromisso europeu com a Ucrânia e transmite uma mensagem clara de autonomia.
Zelensky destacou que “os ativos russos devem ser usados para defender-se da agressão russa e reconstruir o que foi destruído pelos ataques russos. Isso é moral, justo e legal”.
No entanto, a Bélgica precisa ser convencida, pois teme possíveis represálias financeiras e legais por parte de Moscou.
O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, alertou no Parlamento federal que é necessário um


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