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Tarcísio planeja caminho próprio fora do bolsonarismo e do Centrão
Com a evolução da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência, aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) começam a vislumbrar a possibilidade de um caminho político independente para o líder paulista.
Esses colaboradores interpretam que, depois de um primeiro mandato marcado por especulações ligando-o ao Centrão e ao bolsonarismo para uma candidatura presidencial, Tarcísio poderá avançar com seu projeto político próprio, desvinculado dessas forças.
A expectativa é que Tarcísio consiga uma reeleição tranquila em 2026 e, em um segundo mandato, construa maior autonomia para uma possível candidatura presidencial em 2030.
“O objetivo é continuar o trabalho em São Paulo para consolidar sua reputação como administrador e político, encerrando assim esta etapa de formação”, declarou um assessor do governador.
Possível desgaste político
Aliados do governador também aguardam que o possível afastamento do Centrão — devido ao suporte atualmente dado ao pré-candidato bolsonarista Flávio Bolsonaro — abra espaço para que Tarcísio se desligue desse grupo.
Há receio em Brasília de que o Centrão enfrente desgaste crescente, especialmente diante das investigações sobre emendas parlamentares conduzidas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma fonte ligada ao Palácio afirmou: “Antes da indicação de Flávio, o senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, usava Tarcísio como um ativo político”.
Recentemente, Ciro Nogueira declarou preferência por Flávio em relação a Tarcísio, reforçando que o senador busca unir partidos de centro para as eleições de 2026.
Escolha do vice e independência
Outro indicativo da autonomia de Tarcísio é a decisão sobre seu vice em 2026, que, ao contrário de 2022, poderá ser feita sem necessidade de negociar cargos com partidos para formar alianças.
Caso a candidatura de Flávio Bolsonaro siga adiante, Tarcísio declarou que o apoiará, mas não se envolverá diretamente na campanha, diferente do que fez na eleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, quando teve papel central.
Mesmo assim, aliados reconhecem que, se Flávio desistir, a pressão para que Tarcísio dispute a Presidência deve aumentar.
Foco no Estado de São Paulo
Tarcísio destaca frequentemente que seu compromisso principal é com o desenvolvimento do Estado de São Paulo, apresentando projetos estruturantes e deixando um legado.
Este ano, ele tem frisado conquistas consideradas difíceis, como a retomada da obra do trecho norte do Rodoanel e o combate à Cracolândia, estabelecendo uma agenda clara para a reeleição.
“É comum que governadores de São Paulo sejam vistos como possíveis candidatos presidenciais, mas meu foco continua sendo o estado. Nunca nos colocamos como candidatos; nosso projeto é São Paulo”, afirmou durante evento recente.
Na mesma ocasião, reforçou o planejamento para os próximos quatro anos, destacando projetos para longo prazo, como a nova descida da Imigrantes, frisa que investimentos são pensados para beneficiar gerações futuras, mesmo que o término das obras ultrapasse seu mandato.


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