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Foguete da SpaceX ameaça aviões no Caribe

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Em janeiro deste ano, uma explosão de um foguete da SpaceX durante um teste de voo causou uma situação crítica para pelo menos três aeronaves comerciais que cruzavam o espaço aéreo do Caribe, conforme documentos recentes divulgados pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).

O evento ocorreu menos de dez minutos após o lançamento da nave Starship, que estava em seu sétimo teste sem tripulação, sob liderança de Elon Musk.

Conforme o relatório, os destroços incandescentes espalharam-se pelo céu caribenho por cerca de cinquenta minutos, forçando os controladores de tráfego aéreo a instaurar rapidamente uma área temporária de exclusão aérea.

Tres aviões, entre eles dois voos comerciais e um jato executivo, estavam transportando cerca de 450 passageiros durante o evento.

Entre eles, um voo da JetBlue com destino a San Juan, Porto Rico, recebeu alerta de que continuar seria por conta dos riscos de fragmentos do foguete ainda presentes na rota. O comandante teve que optar entre atravessar a área perigosa ou arriscar a falta de combustível sobre o oceano.

— Em uma situação assim, declaramos emergência: Mayday. Mayday. Mayday — relatou o piloto ao controle, conforme os documentos analisados pelo Wall Street Journal.

Voos da Iberia Airlines e um jato privado passaram por situações parecidas. Em meio à confusão, um controlador teve que agir quando duas dessas aeronaves aproximaram-se perigosamente uma da outra. Apesar das emergências por falta de combustível, todos pousaram com segurança.

O relatório ainda destaca que a SpaceX não comunicou imediatamente pelas vias oficiais a falha do lançamento. Os controladores em Miami foram alertados sobre os destroços somente após pilotos relatarem que sobrevoavam a área afetada.

Imagens feitas pouco depois da explosão mostram fragmentos brilhantes cruzando o céu caribenho. Na época, Elon Musk comentou nas redes sociais:

— O sucesso é incerto, mas o entretenimento é garantido.

Posteriormente, a FAA iniciou uma investigação para revisar protocolos ligados a explosões e queda de detritos, concluída em março, com a agência confirmando a implementação das recomendações.

A FAA afirmou que estará pronta para agir caso novas medidas de segurança sejam necessárias.

A SpaceX reconheceu o fracasso do lançamento em janeiro, descrevendo o ocorrido como uma “desmontagem rápida não planejada” durante a subida da nave. A empresa informou que os dados coletados servirão para melhorar a confiabilidade da Starship, considerada o foguete mais potente já desenvolvido. Até o presente momento, a companhia não se pronunciou sobre o relatório da FAA.

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