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Dinamarca exige respeito à sua soberania após escolha de enviado dos EUA para Groenlândia

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A Dinamarca solicitou nesta segunda-feira (22) que os Estados Unidos respeitem sua soberania após o presidente Donald Trump nomear um representante especial para a Groenlândia, um território autônomo dinamarquês valorizado por Washington.

Desde que voltou ao cargo em janeiro, Trump afirmou que necessita da ilha, que possui uma localização estratégica e é rica em recursos naturais, para garantir a segurança americana. Ele também não descartou o uso da força para obter o controle da Groenlândia.

O presidente dos EUA declarou no domingo à noite que escolheu o governador da Louisiana, o republicano Jeff Landry, como enviado especial dos Estados Unidos para a Groenlândia.

“Jeff entende a importância da Groenlândia para a segurança nacional dos EUA e defenderá com firmeza os interesses do nosso país, a segurança e a sobrevivência dos nossos aliados e do mundo”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.

Landry agradeceu na rede social X pela “honra de servir voluntariamente para integrar a Groenlândia aos Estados Unidos”, acrescentando que a função “não interfere em suas atividades como governador da Louisiana”.

Embora a maioria dos 57.000 habitantes da Groenlândia deseje a independência da Dinamarca, eles não querem integrar os Estados Unidos, conforme uma pesquisa realizada em janeiro.

As autoridades da Dinamarca e da Groenlândia reafirmam que a ilha não está à venda e que a população decidirá seu destino.

“A nomeação confirma o interesse permanente dos Estados Unidos na Groenlândia”, declarou nesta segunda o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, em comunicado.

“Ressaltamos que todos, inclusive os Estados Unidos, devem respeitar a integridade territorial do Reino da Dinamarca”, acrescentou.

A Groenlândia tem uma posição estratégica entre América do Norte e Europa, especialmente agora com o interesse crescente dos Estados Unidos, China e Rússia na região do Ártico, onde novas rotas marítimas foram abertas por conta das mudanças climáticas e há grandes depósitos de elementos raros.

Além disso, a Groenlândia representa o caminho mais curto para o lançamento de mísseis entre Rússia e Estados Unidos.

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