Rússia e EUA avançam devagar nas negociações sobre Ucrânia

A Rússia informou nesta segunda-feira (22) que as conversas com os Estados Unidos para encerrar o conflito na Ucrânia estão avançando lentamente e criticou as ações prejudiciais de alguns países que tentam impedir o progresso das negociações.

Segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, citado pelas agências russas, “os avanços são lentos, acompanhados por tentativas maliciosas de um grupo influente de nações que buscam atrapalhar esse esforço e o processo diplomático”.

Serguei Riabkov elogiou o presidente americano, Donald Trump, pela intenção de encontrar soluções que tratem das causas profundas do conflito e que sejam efetivas a longo prazo.

Por outro lado, ele criticou a posição dos países europeus em relação ao plano dos EUA, que foi apresentado há cerca de um mês e tem sido discutido desde então.

Serguei Riabkov afirmou que um acordo entre Rússia e Estados Unidos é o que os opositores na Europa mais temem, enfatizando que Moscou continuará empenhada sem hesitar para alcançar esse objetivo.

Recentemente, foram realizadas novas reuniões em Miami com representantes do governo Trump, Rússia e Ucrânia. Embora não tenham apresentado grandes avanços, as partes demonstraram otimismo, descrevendo as negociações como produtivas e construtivas.

O plano americano, que inclui 28 pontos, foi inicialmente criticado por favorecer muito a Rússia, mas passou por alterações após discussões com a Ucrânia e países europeus. Entretanto, seu conteúdo completo não foi divulgado.

A Ucrânia afirma que ainda é solicitada a fazer grandes concessões, como a entrega total da região leste do Donbass à Rússia.

Os aliados europeus de Kiev propuseram uma alternativa que inclui o envio de uma força multinacional, garantias semelhantes ao Artigo 5 da Otan, e a formação de um exército ucraniano com 800.000 soldados.

Essas condições não são aceitas por Moscou e já foram rejeitadas anteriormente.