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Papa alerta liderança da Igreja contra desejo de controle
O papa Leão XIV pediu nesta segunda-feira (22) aos responsáveis pela administração da Igreja que evitem a busca excessiva por controle, retomando o chamado do seu predecessor Francisco por mais humildade entre seus colaboradores, mas de forma mais suave.
Os integrantes da Cúria, órgão central da Santa Sé, podem perceber com tristeza que certos comportamentos ligados ao uso do poder, ao desejo exagerado de se destacar e à defesa pessoal são difíceis de mudar, afirmou o papa americano durante seus primeiros votos de fim de ano no Vaticano.
“No dia a dia, é muito valioso quando encontramos amigos em quem temos confiança, quando cessam as falsas aparências, quando as pessoas são respeitadas e ajudamos umas às outras”, declarou.
Ao longo de seus doze anos de liderança, o papa Francisco costumava incentivar, em suas mensagens natalinas, a Cúria Romana a abandonar a lógica do poder e a questionar suas atitudes, mesmo que isso gerasse desconforto entre seus colaboradores.
Em 2014, em uma fala marcante, o jesuíta argentino listou 15 problemas que afligem a Cúria, incluindo o que chamou de “Alzheimer espiritual”, “rigidez mental e espiritual”, “propagação de fofocas” e “falso narcisismo”.
Conhecido por seu jeito mais gentil e diplomático, o papa Leão XIV passou uma mensagem parecida, porém mais branda, focando na importância da união e do trabalho conjunto.
Diante da mentalidade egoísta e individualista, o papa pediu que se escolha a “cooperação mútua”, convidando as instituições da Igreja a manterem seu foco missionário ao invés de se perderem em burocracias lentas.
Pouco depois, falando aos funcionários do Vaticano, o bispo de Roma reforçou o convite para adotar um modo de viver baseado na simplicidade e na modéstia.


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