Petroleiros rejeitam nova oferta da Petrobras e a paralisação alcança o oitavo dia

A greve nacional dos empregados da Petrobras continua em vigor, conforme comunicado dos representantes sindicais. A estatal apresentou a quarta contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a qual foi recusada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e pelos sindicatos vinculados a essas organizações, pois não atende completamente às demandas dos trabalhadores ativos e aposentados. A paralisação está no oitavo dia.

A Petrobras e os líderes sindicais se reuniram no domingo, 21. A FUP reconhece que houve “avanços relevantes” nos principais pontos da campanha reivindicatória, porém insiste que a proposta deve ser aplicada em todas as subsidiárias. Também exige que a empresa se comprometa a não descontar os dias de paralisação, que haja igualdade entre os trabalhadores dos terminais de Coari e Urucu, no Amazonas, e que seja assegurada a hospedagem para os trabalhadores offshore. Até o momento, a Petrobras não respondeu a essas solicitações adicionais.

Além disso, foi solicitado à Petrobras que apresente uma carta-compromisso para resolver os Planos de Equacionamento dos Déficits da Petros (PEDs), o fundo previdenciário dos empregados.

A FNP e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) julgaram os números oferecidos insuficientes, considerando a lucratividade recorde da companhia e os dividendos pagos aos acionistas.

As entidades destacam que a estatal manteve a vigência do acordo em dois anos, com um aumento real de apenas 0,5% na Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) para 2025 e 2026, além de uma oferta de abono equivalente a 1,6 salários, parcelado para março e setembro de 2026.

Em nota publicada no domingo à noite, a Petrobras comunicou que realizou ajustes na proposta do ACT, “incorporando avanços nas principais demandas sindicais”, porém não detalhou quais foram essas modificações.