Ouro e prata batem recorde em meio a tensões globais

Os preços dos metais preciosos subiram durante a sessão, impulsionados pelo aumento da busca por ativos seguros diante da intensificação das tensões geopolíticas ao redor do mundo. Ouro e prata atingiram novos recordes, enquanto a platina alcançou o maior valor desde 2008.

No mercado da Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro subiu 1,87%, fechando a US$4469,40 por onça-troy. A prata para março avançou 1,59%, cotada a US$68,565 por onça-troy. A platina para janeiro teve alta de 3,50%, encerrando a US$2089,40 por onça-troy, atingindo uma máxima de US$2128,00.

Esse movimento foi impulsionado principalmente pela crescente instabilidade internacional. Conforme análise do especialista Milad Azar, da XTB MENA, "as tensões geopolíticas seguem sendo um fator crucial para a valorização do ouro".

Milad Azar ressaltou ainda que "os conflitos entre os Estados Unidos e a Venezuela podem aumentar após a apreensão de um segundo navio petroleiro próximo ao país sul-americano".

Além disso, focos de tensão permanecem em outras regiões como o Oriente Médio, Leste Europeu e as relações entre China e Japão, o que tende a reforçar o ouro como ativo de segurança em períodos de instabilidade. Em momentos assim, investidores geralmente migram do mercado acionário para os metais preciosos em busca de proteção do patrimônio.

O noticiário recente também contribuiu para aumentar a cautela. O governo dos EUA intensificou ações contra o transporte de petróleo vinculado à Venezuela, após o presidente Donald Trump indicar que bloquearia o movimento de cargas de óleo sancionado. Paralelamente, operações militares americanas contra alvos na Síria e notícias sobre um ataque fatal contra um general russo em Moscou, além do aumento do conflito entre Ucrânia e Rússia, adicionaram novos elementos de incerteza ao mercado internacional. Trump também provocou reação na Dinamarca e Groenlândia ao nomear um enviado especial para a região, que declarou a intenção de integrar a Groenlândia aos EUA.

Informações baseadas na Dow Jones Newswires.