Trump retira embaixadores nomeados por Biden

O governo dos Estados Unidos decidiu remover dezenas de embaixadores que foram nomeados durante a gestão do presidente Joe Biden. Essa medida faz parte de uma grande reorganização para alinhar o corpo diplomático com as prioridades da política externa do presidente Donald Trump.

A maioria desses embaixadores são profissionais de longa carreira e receberam a notificação de que devem deixar os cargos até meados de janeiro, conforme informado pela American Foreign Service Association (AFSA), que representa os funcionários do Departamento de Estado.

As informações da mídia apontam que cerca de 30 países, principalmente na África, terão suas representações afetadas por essas mudanças.

Ainda que seja comum que governos façam mudanças em embaixadas estratégicas e nomeiem apoiadores ou financiadores políticos, é raro que diplomatas de carreira sejam retirados antes do término de seus mandatos ou sem que um substituto tenha sido nomeado.

A AFSA declarou no Facebook que não houve justificativa para essas demissões e que essa ação prejudica a credibilidade dos Estados Unidos no exterior, além de causar impacto negativo ao corpo diplomático profissional.

Um alto funcionário do Departamento de Estado explicou que a substituição de embaixadores é uma prática regular em qualquer governo. Ressaltou que o embaixador representa pessoalmente o presidente, e que é prerrogativa do chefe do Executivo garantir que pessoas que defendam a agenda America First estejam nesses postos.

No segundo mandato do presidente Trump, junto com seu secretário de Estado, Marco Rubio, a diplomacia americana passou por uma remodelação focada no combate à imigração ilegal, na redução da ajuda externa e em políticas voltadas para a diversidade.

Rubio esteve à frente da demissão de centenas de funcionários do Departamento de Estado.