Centro-Oeste
Ex-policial tem benefício cancelado após cobrar para agredir homem
Edilson Cordeiro Rodrigues, ex-policial civil, foi preso em maio de 2024 sob suspeita de ter sido pago para agredir um homem e teve seu benefício de aposentadoria cancelado por ordem da Justiça do Distrito Federal. A decisão foi registrada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 24 de dezembro.
Registrado como policial civil, Edilson Cordeiro Rodrigues ganhava mensalmente R$ 5.729,79, conforme dados do Portal da Transparência.
O ex-policial foi investigado durante uma operação da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) em 7 de maio de 2024, que revelou que ele cobrava para agredir um indivíduo envolvido romanticamente com a ex-mulher de um empresário. Outro policial civil aposentado — cuja identidade permanece desconhecida — também foi investigado por seu suposto envolvimento nas agressões.
Rodrigues já possuía um histórico com a Justiça. Em 2016, a 3ª Vara Criminal de Brasília o condenou por associação criminosa, acusando-o de integrar um grupo que extorquia dinheiro para evitar prisões em flagrante. Além disso, ele foi preso na Operação Curió em 2013 e denunciado pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
As investigações foram conduzidas em colaboração com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Conforme o processo, foi possível revelar o método utilizado pelo acusado. Conhecido pelo apelido de “Gato Seco”, Rodrigues obtinha informações confidenciais nos sistemas da Polícia Civil do Distrito Federal a respeito de veículos irregulares.
Posteriormente, ele contava com a ajuda de um antigo policial militar para abordar os motoristas utilizando armas e viaturas da PCDF, exigindo dinheiro em troca de não efetuar uma prisão imediata.
A reportagem tentou contato com a defesa do ex-policial sem sucesso.


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