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Cirurgia de Bolsonaro: como será o tratamento do ex-presidente
Jair Bolsonaro foi internado na quarta-feira, 24, em Brasília para exames e preparação antes da cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal bilateral. A equipe médica informou que ele está pronto para o procedimento.
A cirurgia deve durar entre três e quatro horas, com previsão de uma semana de internação. Novas avaliações serão feitas após a operação e durante a recuperação.
Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star, Bolsonaro passou por exames pré-operatórios, incluindo avaliação cardiológica e de risco cirúrgico, sendo considerado apto para a cirurgia.
A cirurgia ocorrerá hoje, a partir das 9h, sob anestesia geral, com duração prevista de quatro horas.
O procedimento inclui uma possível anestesia específica chamada bloqueio do nervo frênico, que será avaliada durante a internação, de acordo com a evolução do pós-operatório e o estado clínico do paciente.
O que é a hérnia inguinal bilateral
Peritos médicos da Polícia Federal confirmaram que Bolsonaro precisa da cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral. Esta condição é caracterizada por uma protuberância na região da virilha, causada por um enfraquecimento dos músculos abdominais que permite parte do intestino passar para a pele da virilha.
Caso a hérnia apareça dos dois lados, é chamada bilateral. Pode causar inchaço, dor ou desconforto, principalmente durante esforços, tosse ou períodos longos em pé, embora às vezes não apresente sintomas.
Mais comum em homens e possíveis em qualquer idade, a hérnia inguinal é identificada pela presença da saliência na virilha. O diagnóstico é feito por especialistas, e tratamentos variam conforme a gravidade, desde acompanhamento até cirurgia, esta última necessária no caso do ex-presidente.
Quando não tratada, a hérnia pode causar complicações graves, como encarceramento — em que o volume aumenta e impede que o tecido volte para o lugar, podendo levar a obstrução intestinal — e estrangulamento, que interrompe o fluxo sanguíneo, podendo resultar na morte do tecido intestinal, um quadro sério.
Bloqueio anestésico do nervo frênico
Além da cirurgia, os médicos planejam um método para controlar soluços persistentes, que não responderam a medicamentos: o bloqueio anestésico do nervo frênico, que controla o movimento do diafragma.
Este procedimento usa anestesia local injetada perto do nervo frênico para paralisar temporariamente o diafragma. É guiado por ultrassom para evitar danos e visa aliviar o nervo irritado, comum em pós-operatório ou refluxo.
É um método que exige monitoramento cuidadoso, pois pode causar insuficiência respiratória, principalmente se ambos os nervos forem bloqueados ou em pacientes com problemas pulmonares.
Assim, a observação e o acompanhamento respiratório são fundamentais após o procedimento.
A autorização para a cirurgia foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira, depois que uma perícia da Polícia Federal confirmou a necessidade do tratamento médico.
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, determinada pelo STF, por tentativa de golpe de Estado. O ministro Moraes esclareceu que a autorização para a cirurgia não altera a execução da pena.


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