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Asfura, apoiado por Trump, novo presidente de Honduras

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Nasry Asfura, empresário com perfil conservador, foi eleito presidente de Honduras, assumindo um país marcado por controvérsias ligadas ao seu partido. Apesar de o partido ter enfrentado o stigma de ter um ex-presidente preso nos EUA por narcotráfico, isso não impediu que Donald Trump o apoiasse como um parceiro na luta contra o que chama de ‘narco-comunistas’.

A vitória de Asfura, confirmada em 24 de janeiro, representa o retorno da direita ao governo hondurenho, impulsionada pelo ex-presidente americano, que influenciou a população a votar no empresário e concedeu clemência ao ex-presidente Juan Orlando Hernández, também do mesmo partido, condenado por narcotráfico.

Trump declarou pouco antes das eleições: “O verdadeiro defensor da liberdade em Honduras é ‘Tito’ Asfura. Podemos unir forças para combater os narco-comunistas”.

Com 67 anos, Asfura lidera o Partido Nacional, retomando o poder depois de vencer por uma margem estreita Salvador Nasralla, do Partido Liberal, nas disputadas eleições de novembro de 2023.

Assumirá a presidência em 27 de janeiro, após ter perdido para a atual líder progressista Xiomara Castro em 2021. Durante a campanha, Trump ameaçou suspender a ajuda dos EUA a Honduras caso Asfura não fosse eleito.

Asfura agradeceu o apoio e ressaltou a importância dos dois milhões de hondurenhos que vivem nos EUA, parceiro comercial crucial do país. Ele enfatizou a necessidade de preservar a democracia, declarando em seus eventos que “é agora ou nunca”.

Ele defende que seu partido é reformado e rejeita ligações com o ex-presidente Hernández, que foi extraditado e sentenciado a 45 anos de prisão nos EUA em 2024. “Cada um responde por suas ações”, afirmou Asfura durante a campanha, embora tenha reconhecido que o indulto pode trazer paz para a família do ex-mandatário.

História e Controvérsias

Formado parcialmente em Engenharia Civil pela Universidade Nacional, Asfura abandonou os estudos para fundar uma das maiores construtoras de Honduras. Filho de imigrantes palestinos, nasceu em 8 de junho de 1958, em Tegucigalpa, onde foi prefeito por dois mandatos, de 2014 a 2022.

Durante sua gestão, realizou obras importantes como pontes e túneis para aliviar o trânsito na capital, que abriga mais de um milhão de pessoas.

Contudo, sua carreira está envolta em suspeitas de corrupção. Foi acusado de desviar fundos municipais, embora o Supremo Tribunal tenha decidido não levar o caso a julgamento. Ainda foi citado nos “Pandora Papers” por ter empresas offshore no Panamá supostamente para evitar impostos, ao que responde: “Não devo, não temo. Não tenho nada a esconder”.

Em seus discursos, promete trabalho árduo, investimento em infraestrutura e atração de investimentos para gerar empregos.

Além disso, declarou interesse em estreitar relações com Taiwan, após a atual presidente ter estabelecido laços diplomáticos com a China em 2023.

Conhecido por ser reservado e prático, Asfura é apaixonado por música. Prefere usar aparelhos telefônicos analógicos, mas também possui um iPhone com uma imagem do Sagrado Coração de Jesus na tela inicial.

É casado com Lissette del Cid, com quem tem três filhas e também possui três netos.

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