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Papa lamenta situação difícil dos palestinos em Gaza no Natal
Papa Leão XIV expressou uma dura crítica às condições vividas pelos palestinos em Gaza durante seu sermão de Natal na última quinta-feira, dia 25. Em uma mensagem incomum pela sua franqueza, o pontífice falou em um momento destinado à reflexão espiritual sobre o nascimento de Jesus.
O Papa Leão XIV, o primeiro pontífice dos Estados Unidos, lembrou que a história do nascimento de Jesus em um estábulo simboliza a presença de Deus entre os mais simples e vulneráveis.
Em seu discurso, ele questionou: “Como podemos ignorar as barracas em Gaza, expostas por semanas à chuva, ao vento e ao frio?”.
Celebrando seu primeiro Natal desde que assumiu o papado em maio, Leão XIV adotou um tom mais sereno e diplomático em comparação com seu predecessor, evitando normalmente comentários políticos em seus sermões.
Na bênção natalina, ele também destacou a difícil situação dos migrantes e refugiados que atravessam a América do Norte.
O pontífice já havia comentado anteriormente sobre a repressão à imigração nos Estados Unidos sem citar diretamente o ex-presidente Donald Trump. No sermão da véspera de Natal, enfatizou que rejeitar o auxílio aos pobres e estrangeiros equivale a rejeitar a Deus.
Feridas abertas resultantes da guerra foram outro ponto abordado, onde Leão XIV expressou sua tristeza pelas condições enfrentadas pelos palestinos em Gaza e reafirmou que a solução para o conflito prolongado passa pela criação de um Estado palestino.
Apesar do cessar-fogo estabelecido recentemente entre Israel e Hamas, a situação humanitária continua crítica, com escassa ajuda chegando à região e quase toda a população ficando desabrigada.
Durante a celebração na Basílica de São Pedro, o papa também lamentou a situação dos sem-teto globalmente e os estragos provocados pela guerra em diversas partes do mundo.
Ele descreveu a população vulnerável como frágil, marcada por conflitos em andamento ou finalizados, deixando destruição e dores profundas. O papa destacou ainda o sofrimento dos jovens forçados a combater, que percebem a inutilidade da violência imposta.
Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo), Leão XIV pediu o fim de todos os conflitos armados globais.
Ele mencionou guerras e crises políticas que afetam países como Ucrânia, Sudão, Mali, Mianmar, Tailândia e Camboja, entre outros.
Referindo-se especialmente à violência na Ucrânia, o Papa Leão XIV apelou para que cesse o som das armas e que os envolvidos busquem, com apoio internacional, um diálogo honesto e respeitoso.
Ao lembrar os confrontos na fronteira entre Tailândia e Camboja, agora em sua terceira semana e já com dezenas de mortos, o pontífice pediu que a amizade histórica entre as nações seja restaurada para promover a reconciliação e a paz.


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