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Ucrânia ataca alvos de energia russos com drones
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) anunciou ter efetuado ataques com drones de longo alcance em dois alvos estratégicos de energia na Rússia nesta quinta-feira, 25. Foram atingidos a usina de processamento de gás de Orenburg, operada pela Gazprom, e o porto de Temryuk, onde dois tanques de petróleo foram danificados.
Durante a madrugada, a Rússia lançou 131 drones contra a Ucrânia, dos quais 106 foram interceptados, informou a Força Aérea Ucraniana. Segundo os militares ucranianos, 22 drones conseguiram atingir 15 locais, causando vítimas e danos significativos à infraestrutura.
Em Odessa, ataques a instalações portuárias e industriais resultaram em uma morte e duas pessoas feridas. As regiões de Chernihiv e Kharkiv também foram atacadas pelas forças russas.
Na quarta-feira, 24, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski declarou estar disposto a retirar tropas da região industrial do leste do país como parte de um acordo para encerrar a guerra com a Rússia, desde que Moscou também concordasse em se retirar e a área fosse estabelecida como uma zona desmilitarizada sob supervisão internacional.
Essa proposta representa um possível compromisso sobre o controle da região de Donbass, que tem dificultado as negociações de paz.
Zelenski mencionou que os EUA sugeriram a criação de uma ‘zona econômica livre’, que deveria ser desmilitarizada, embora não tenha especificado os detalhes sobre a administração ou desenvolvimento dessa área.
Um acordo semelhante poderia ser aplicado à região ao redor da usina nuclear de Zaporizhia, atualmente sob controle russo, segundo Zelenski. Ele ressaltou que qualquer acordo de paz precisaria ser aprovado em referendo.
O presidente ucraniano apresentou um plano abrangente de 20 pontos, elaborado com negociadores dos EUA, durante uma coletiva de imprensa na terça-feira, 22, porém muitos detalhes ainda estão em negociação.
Rússia mantém posição rígida
A Rússia não demonstrou interesse em aceitar qualquer retirada dos territórios que controla, exigindo que a Ucrânia ceda as áreas restantes em Donbass, demanda rejeitada por Kiev. Moscou ocupa a maior parte de Luhansk e cerca de 70% de Donetsk, que compõem Donbass.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou na quarta-feira, 24, que a posição russa será definida com base nas informações transmitidas pelo enviado presidencial Kirill Dmitriev, após encontro com representantes americanos na Flórida. Peskov não revelou mais detalhes.
Desde a proposta do ex-presidente americano Donald Trump para encerrar o conflito, negociadores dos EUA têm conduzido conversações separadas com Ucrânia e Rússia. O plano inicial favorecia Moscou, mas aliados europeus da Ucrânia têm buscado ajustá-lo para atender melhor os interesses de Kiev.


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