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PT busca hegemonia na esquerda, critica Heloísa Helena

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Heloísa Helena, que reassumiu seu mandato como deputada federal pelo Rio de Janeiro após 18 anos afastada, criticou duramente o governo do presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT). Suplente do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que está suspenso da Câmara por seis meses, Helena também fez críticas à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sua rival interna na Rede Sustentabilidade.

Em entrevista, ela defendeu que Marina Silva permaneça na Rede para respeitar o resultado da disputa interna, apesar da crise interna recente com aliados da ministra acusando a direção da sigla de perseguição.

Heloísa Helena destacou a hipocrisia de respostas políticas pautadas pela conveniência, criticando episódios autoritários como sua expulsão do prédio do INSS durante seu mandato anterior, enfatizando que tais atitudes são inaceitáveis independentemente de quem as pratique.

A deputada ressaltou que movimentos sociais que rejeitam retrocessos e autoritarismo são fundamentais para fortalecer a democracia brasileira, mesmo diante de descrença de parte da esquerda que chama o Congresso de ‘inimigo do povo’.

Sobre as movimentações da direita em torno da candidatura do senador Flávio Bolsonaro para as próximas eleições, Helena considerou a estratégia previsível e baseada em oligarquias tradicionais, mas duvidou da possibilidade de vitória em uma disputa presidencial.

Questionada sobre o apoio à reeleição do presidente Lula, a deputada reafirmou seu distanciamento do PT desde 2003 por questões ideológicas e criticou severamente os governos que, em sua análise, abandonaram o país em momentos críticos como a pandemia e tentaram instaurar autoritarismos recentes.

Heloísa Helena marcou sua coerência política ao evitar conciliações com o grande capital e políticas de austeridade que prejudicam os serviços públicos e as políticas sociais.

A respeito da política ambiental, criticou duramente o governo pela ausência de beneficiamento na exportação de minerais estratégicos, como terras raras e nióbio, classificando como crime de lesa-pátria a perpetuação dessa condição de submissão econômica.

Sobre a proposta de federação do PT com o PSOL, a deputada ressaltou que cada partido deve avaliar suas alianças, avaliando que o PT busca hegemonia na esquerda e que nem todos no PSOL consideram a federação válida, ressaltando que a aliança entre PSOL e Rede é importante e está em debate nos diretórios nacionais.

Finalmente, mencionou que acredita que Marina Silva permanecerá na Rede, pois disputas internas são parte natural da democracia partidária, defendendo o respeito à decisão da maioria e a continuidade do trabalho pelos ideais compartilhados.

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