Economia
Tesouro Direto registra vendas de R$ 6,2 bilhões em novembro
As vendas de títulos do Tesouro Direto chegaram a R$ 6,193 bilhões em novembro deste ano. Já os resgates foram de R$ 3,367 bilhões, sendo R$ 3,058 bilhões referentes às recompras antecipadas e R$ 308,8 milhões aos vencimentos do mês, período em que o título vence e o governo restitui o investidor com os juros.
Assim, as emissões líquidas alcançaram R$ 2,826 bilhões no mês de novembro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Tesouro Nacional.
Os títulos mais buscados pelos investidores foram aqueles atrelados à Selic – a taxa básica de juros da economia – que representaram 57,4% das vendas. Os papéis corrigidos pela inflação (IPCA) tiveram 31,9% de participação, enquanto os prefixados – com juros fixos definidos no momento da emissão – corresponderam a 10,7%.
O interesse pelos títulos vinculados à taxa básica de juros é explicado pelo aumento da Selic, usada pelo Banco Central para controlar a inflação. A taxa, que estava em 10,5% ao ano até setembro de 2022, subiu para 15% ao ano. Com os juros elevados, esses títulos mantêm seu atrativo.
O estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 205,4 bilhões no final de novembro, crescendo 2,2% em comparação com o mês anterior (R$ 201 bilhões) e 36,2% em relação a novembro do ano anterior (R$ 150,8 bilhões).
Investidores
No número de investidores, 204.152 novos participantes se inscreveram no programa em novembro, totalizando 33.970.911 investidores, um aumento de 11,2% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos – com operações em aberto – foi de 3.309.305, um crescimento de 19,2% no período. Em novembro, houve um acréscimo de 51.511 investidores ativos.
A preferência pelo Tesouro Direto entre pequenos investidores é evidenciada pelo elevado número de vendas de até R$ 5 mil, que representaram 81,6% das 802.806 operações no mês. Aplicações de até R$ 1 mil corresponderam a 59,3%. O valor médio por operação foi de R$ 7.715,21.
Os investidores têm preferido títulos de curto e médio prazo. As vendas de títulos com prazo de até cinco anos representaram 42%, enquanto aqueles com prazo entre cinco a dez anos somaram 42,3%. Os títulos com prazo superior a dez anos totalizaram 15,7% das vendas.
Origem dos recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 com o objetivo de popularizar esse tipo de investimento e permitir que pessoas físicas comprem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional pela internet, sem intermediários financeiros. O investidor paga apenas uma taxa semestral à B3, a bolsa de valores do Brasil, que faz a custódia dos títulos.
A venda desses títulos é uma forma que o governo utiliza para captar recursos necessários para pagar dívidas e cumprir suas obrigações. Em troca, o Tesouro Nacional compromete-se a devolver o valor investido acrescido de um rendimento que pode variar conforme a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa fixa definida no momento da compra no caso dos títulos prefixados.


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