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Detalhes da fuga de Silvinei Vasques: tornozeleira sumiu, carro alugado e ração

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Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi detido nesta sexta-feira no aeroporto internacional de Assunção, no Paraguai, a cerca de 1.300 km da sua residência em São José, região metropolitana de Florianópolis.

De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), a fuga envolveu a obtenção de um passaporte paraguaio, a saída da residência na noite de Natal, a locação de um automóvel e a violação da tornozeleira eletrônica, que parou de funcionar no meio do trajeto, provavelmente devido à falta de bateria.

Imagens de segurança do prédio em que Silvinei morava, obtidas pela PF, mostram que ele foi visto pela última vez em sua residência às 19h do dia 24 de dezembro, véspera de Natal.

Naquele momento, ele colocou bolsas (não malas, conforme anotou a investigação) no porta-malas de um carro Polo prata. No banco do passageiro, posicionou sacos de ração, tapete higiênico, um pote e um cachorro que aparentava ser da raça pitbull.

Ele usava calça de moletom preta, camiseta cinza e um boné preto.

A PF conseguiu identificar a placa do veículo e confirmou que ele era alugado, embora Silvinei possuísse um carro próprio, que continuava em circulação na região da Grande Florianópolis, segundo o relatório da PF.

As autoridades só descobriram a fuga por volta das 3h do dia 25 de dezembro, quando a tornozeleira eletrônica parou de enviar sinais de GPS e depois de rede 2G.

Às 20h do dia 24, agentes da Polícia Penal de Santa Catarina, responsáveis pelo monitoramento eletrônico dos presos no estado, tentaram contato na casa de Silvinei, mas ninguém atendeu.

O relatório da PF informa que a polícia federal tentou contato posteriormente e obteve o mesmo resultado.

Para este momento, o ex-diretor da PRF já estava a caminho do aeroporto de Assunção, onde foi finalmente capturado. A PF acionou sua representação no Paraguai, que notificou a polícia local sobre a captura. A tornozeleira violada não foi localizada.

Durante a prisão, Silvinei portava um passaporte paraguaio válido, com sua foto, porém com outro nome e dados incompatíveis com sua identidade brasileira.

O documento apresentava o nome de Julio Eduardo Baez Fernandez, nascido em 1981 em Ciudad del Este (ex Puerto Presidente Stroessner).

Ele possuía uma passagem aérea para El Salvador, com conexão no Panamá. Na ocasião, vestia camiseta verde, calça jeans e óculos de aro preto.

Com a foto de Silvinei, a PF certificou rapidamente às autoridades paraguaias de sua verdadeira identidade. Integrantes do governo brasileiro esperam seu retorno ao país ainda esta semana.

Há dez dias, Silvinei Vasques foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de reclusão por envolvimento no golpe político.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, ele fazia parte do denominado “núcleo dois” do plano golpista, acusado de utilizar cargos públicos para interferir nas eleições de 2022 e favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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