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Diplomacia dos EUA parabeniza presidente eleito de Honduras e destaca apoio estratégico
Marco Rubio, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, telefonou para o presidente eleito de Honduras para felicitá-lo por sua vitória nas eleições e destacou o apoio do novo líder aos interesses estratégicos dos EUA, conforme informado pelo Departamento de Estado nesta sexta-feira (26).
Nasry Asfura, um empresário conservador com o respaldo do ex-presidente americano Donald Trump, foi confirmado como vencedor das eleições presidenciais hondurenhas na última quarta-feira, após um processo eleitoral marcado por atrasos na apuração e controvérsias relacionadas a possíveis fraudes.
O suporte de Trump a Asfura gerou críticas por suposta interferência americana nas urnas de um dos países mais pobres da América Latina.
Tommy Pigott, porta-voz do Departamento de Estado, informou em declaração oficial que Rubio manifestou seus parabéns ao presidente eleito por sua vitória inequívoca, e ressaltou o compromisso em fortalecer a cooperação bilateral e regional, especialmente em temas de segurança e desenvolvimento econômico.
Ambos os líderes mostraram interesse em aprofundar a colaboração e consolidar a parceria entre Estados Unidos e Honduras.
Asfura tomará posse em 27 de janeiro, marcando a volta da direita ao poder após o mandato de quatro anos da presidente de esquerda Xiomara Castro. Essa mudança faz parte de um movimento mais amplo de governos conservadores na América Latina, após recentes mudanças políticas em países como Chile, Bolívia, Peru e Argentina.
Nas eleições de 30 de novembro, Asfura, de 67 anos, empresário do setor de construção e descendente de imigrantes palestinos, ganhou com uma margem estreita (40,1%) contra o apresentador e também candidato direitista Salvador Nasralla, que obteve 39,5% dos votos.
Antes da eleição, o ex-presidente Donald Trump manifestou seu apoio a Asfura e afirmou que os dois poderiam colaborar no combate a grupos narcotraficantes de orientação comunista, advertindo sobre consequências sérias caso a liderança do candidato conservador fosse revertida durante a recontagem dos votos.
O presidente americano tem frequentemente contestado a integridade de eleições que não resultam em seu favor, incluindo sua própria derrota frente ao democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.
Na véspera do pleito em Honduras, Trump concedeu perdão ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, aliado do partido de Asfura e condenado a 45 anos de prisão nos Estados Unidos por tráfico de entorpecentes.
Para muitos observadores, esse perdão parece contradizer a postura rigorosa que o republicano adotava contra narcotraficantes na América Latina.


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